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Veterinário é preso em Maceió acusado de torturar e causar a morte de animais em clínica

13/10/2025 11:01 GazetaWeb - Política

Delegacia Geral de PC.


Polícia Civil









Um veterinário de 43 anos foi preso pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL), nesse domingo (12), acusado de cometer maus-tratos contra cães e gatos em uma clínica localizada no bairro do Jaraguá, em Maceió. A prisão foi resultado de uma operação conduzida pela Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA), sob a coordenação do delegado Robervaldo Davino.De acordo com as investigações, o profissional é alvo de diversos inquéritos que apuram condutas cruéis e negligentes, algumas das quais resultaram na morte de animais.Mesmo após ter sido indiciado e responder judicialmente por outros casos semelhantes, ele continuava atendendo irregularmente, colocando em risco a saúde e a vida de novos pacientes.O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça após a constatação de reincidência e de graves indícios de maus-tratos. Segundo a DCAPA, o veterinário ignorava os cuidados mínimos exigidos durante procedimentos clínicos e cirúrgicos, o que agravava o quadro dos animais e lhes causava intenso sofrimento.Um dos episódios que mais chocaram os investigadores envolve um cachorro atropelado levado para a clínica do suspeito. A tutora foi informada de que o animal precisaria de cirurgia, mas, após o procedimento, ele permaneceu internado por dois dias sem melhora.Quando a dona foi visitá-lo, encontrou o cão debilitado, faminto e com o soro desligado. O veterinário ainda chegou a sugerir uma nova cirurgia, avaliada em cerca de R$ 6 mil.No dia em que a família decidiu buscar o pet, ele foi encontrado coberto de fezes, com ferimentos abertos e infestados por formigas. O animal foi levado para outra clínica, onde os exames revelaram desnutrição, infecção e falhas graves na cirurgia anterior. Uma nova operação foi orçada em mais de R$ 17 mil.Outro caso investigado pela Polícia Civil envolve a morte de uma cadela que apresentava apenas cansaço. O veterinário diagnosticou líquido nos pulmões e determinou a internação. Três dias depois, a tutora recebeu uma ligação informando que o animal havia morrido. A família relatou que não teve acesso a exames nem a explicações sobre o que motivou o óbito, e que o corpo da cadela foi entregue sem esclarecimentos.Diante da gravidade e da repetição das denúncias, o delegado Robervaldo Davino representou pela prisão preventiva do suspeito, medida acatada pelo Poder Judiciário. O caso segue em investigação pela DCAPA, que apura outros possíveis episódios de maus-tratos envolvendo o mesmo veterinário.*Com assessoria

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