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Tragédia em SP: Mãe e filha morrem após comerem bolo envenenado

10/10/2025 23:18 O Globo - Rio/Política RJ

A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso de duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. As vítimas são Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e sua filha Larissa de Jesus Castilho, de 21 anos. Uma adolescente de 16 anos, também da família, sobreviveu após ser hospitalizada. O envenenamento aconteceu após as três consumirem um pedaço de bolo de aniversário que havia sido entregue na casa de Ana Maria no dia seguinte à comemoração. O laudo pericial revelou que o alimento estava contaminado com um inseticida de uso comum contra pragas. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conduz as investigações e aponta como principais suspeitos o marido de uma sobrinha da vítima e a esposa dele. As informações são do programa Brasil Urgente, da Band, e a investigação foi confirmada por O GLOBO.
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Imagens de câmeras de segurança mostram que o bolo foi entregue no dia seguinte à festa, às 11h31. Um homem é visto saindo do carro com uma sacola e entregando o bolo à vítima, com quem conversa brevemente antes de ir embora. Ana Maria, que não havia comparecido à festa por conta do trabalho, comeu o bolo apenas no fim da tarde. Cerca de 40 minutos depois, ela começou a passar mal, ligou para a filha informando que não conseguia ficar de pé, e foi socorrida pela outra filha, que a encontrou convulsionando. Ana Maria foi internada em estado grave no Hospital Heliópolis.
Larissa e a adolescente haviam participado de uma festa na noite anterior e, após visitarem a mãe no hospital, voltaram para casa por volta da meia-noite. Lá, sem saber da causa do mal-estar de Ana Maria, decidiram comer o restante do bolo. A adolescente afirmou em depoimento que comeu uma pequena porção, enquanto Larissa ingeriu metade da fatia e comentou que o sabor estava estranho. Pouco tempo depois, ambas começaram a passar mal.
Larissa teve uma piora rápida, perdeu a consciência e, mesmo após 40 minutos de tentativas de reanimação feitas pelo SAMU, morreu em casa. A adolescente foi socorrida e sobreviveu. Ana Maria, após uma semana de internação, chegou a receber alta, mas voltou a ser hospitalizada diversas vezes. Ela morreu quase dois meses após o envenenamento, com diagnóstico confirmado de intoxicação grave e insuficiência respiratória.
Laudos e investigação
A perícia confirmou a presença de um inseticida no corpo de Larissa, substância que pode ter sido misturada ao bolo após a festa de aniversário de um primo de um ano da jovem. Nenhum outro convidado que consumiu o alimento durante o evento apresentou sintomas, o que reforça a suspeita de que apenas o pedaço entregue na casa das vítimas tenha sido manipulado.
Na última quarta-feira (8), o DHPP cumpriu mandados de busca relacionados ao caso e segue realizando diligências para esclarecer o crime. O caso é investigado como duplo homicídio e tentativa de homicídio qualificado.

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