
Saúde de Diane Keaton agravou-se rapidamente nos últimos meses, diz revista: 'Foi inesperado'
Representantes e a família de Diane Keaton, que morreu neste sábado aos 79 anos, não confirmaram a causa da morte da atriz, mas a revista People (primeira a divulgar a notícia) afirma que a saúde da atriz estava bastante debilitada nos últimos meses. Inclusive, vinha se agravando com rapidez, segundo fontes ouvidas pela publicação.
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“Ela piorou muito de repente, o que foi doloroso para todos que a amavam”, disse um amigo da atriz à revista.“Foi tão inesperado, especialmente para alguém com tanta força e espírito. Nos últimos meses, ela esteve cercada apenas por sua família mais próxima, que optou por manter tudo muito privado. Até amigos de longa data não estavam totalmente cientes do que estava acontecendo.”
Por causa do estado de saúde, a vencedora do Oscar de melhor atriz em 1978 (pelo filme "Noivo neurótico, noiva nervosa") colocou sua casa à venda em março, por US$ 29 milhões. A propriedade, diz a People, tem cinco quartos e sete banheiros.
A vida e a carreira de Diane Keaton
Diane Keaton nasceu no dia 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, na California, com o nome de Diane Hall. Sua fama no cinema começou depois de aparecer no primeiro filme da série “O poderoso chefão”, de Francis Ford Coppola, em 1972, no papel de Kay Adams-Corleone, mulher de Michael Corleone, interpretado por Al Pacino. Em 1974 e 1990, ela voltou a interpretar o papel nas partes II e III da clássica trilogia.
Keaton ficou também conhecida pela parceria com Woody Allen, que a creditou como “musa inspiradora” do início de sua carreira. Primeiro, ela estrelou a peça dele “Play it again, Sam”, de 1969 — eles passaram a se relacionar durante a produção do espetáculo. O trabalho, adaptado para o cinema como o filme “Sonhos de um sedutor”, lhe rendeu uma indicação ao prêmio Tony, o mais importante da Broadway, em 1971.
Diane Keaton em 'Noivo neurótico, noiva nervosa'
Reprodução
Depois, começou uma longa colaboração cinematográfica com Allen, num total de oito filmes, que culminou com “Noivo neurótico, noiva nervosa”, em 1977, produção pela qual ela ganhou o Oscar de melhor atriz no ano seguinte. O longa também ganhou o prêmio principal da noite e Keaton virou, na época, um ícone fashion com o papel de Annie Hall, uma aspirante a cantora que usava e abusava de calças largas, coletes e gravatas, readaptando o streetstyle nova-iorquino ao seu estilo.
“Fiz o que Woody disse: vesti o que eu queria vestir — ou melhor, roubei o que eu queria vestir das mulheres estilosas que via nas ruas de Nova York”, escreveu ela na autobiografia “Agora e sempre”, publicada no Brasil em 2012, com tradução de Maria Beatriz de Medina para a editora Objetiva. “As calças cáqui, os coletes e a gravata de Annie vieram delas.”Outros filmes dos dois foram: “O dorminhoco”, de 1973; “A última noite de Bóris Grushenko”, de 1975; e “Manhattan”, este último indicado a dois Oscars. A atriz foi uma das personalidades que defenderam o diretor depois das acusações da atriz e ex-mulher dele Mia Farrow de que Allen teria abusado da filha adotiva do casal, Dylan.
Diane teve outras três indicações ao principal prêmio de melhor atriz de Hollywood por suas atuação em “Reds”, em 1982; “As filhas de Marvin”, em 1997; e “Alguém tem que ceder”, em 2004. Entre sucessos de bilheteria de Keaton, estão as comédias “Presente de grego”, “O pai da noiva” (trilogia) e O clube das desquitadas”.
O último filme da atriz foi “Summer camp”, outra comédia, desta vez com Eugene Levy e Kathy Bates.
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