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Trump, Macron, Sánchez, Starmer e Meloni viajarão ao Egito na segunda-feira para cúpula de paz em Gaza

11/10/2025 21:10 O Globo - Rio/Política RJ

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, presidirão uma cúpula de paz em Gaza, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, informou a presidência egípcia neste sábado. A reunião acontecerá na tarde de segunda-feira com a participação de líderes de mais de vinte países e terá como objetivo "encerrar a guerra na Faixa de Gaza, intensificar os esforços para alcançar a paz e a estabilidade no Oriente Médio e inaugurar uma nova era de segurança e estabilidade regionais".
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A presidência da França anunciou neste sábado que o presidente francês, Emmanuel Macron, viajará ao Egito na segunda-feira para discutir com outros participantes "as próximas etapas da implementação do plano de paz". O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também são esperados no país, assim como o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Sánchez se tornou uma das vozes mais críticas à ampliação da operação militar de Israel contra Gaza, tendo anunciado em setembro um pacote de nove medidas para pressionar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a encerrar o conflito. O presidente da Espanha já se manifestou publicamente em defesa dos palestinos em Gaza em algumas ocasiões e chegou a classificar a ação militar israelense no enclave como "genocídio".
Por outro lado, a premier italiana, uma política de extrema direita, foi criticada por seu silêncio pela oposição, depois que milhares de pessoas saíram às ruas da Itália para protestar contra a guerra em Gaza e exigir ações do governo. Durante a Assembleia Geral da ONU, em meio à mobilização internacional pelo reconhecimento do Estado palestino, Meloni recuou em sua decisão de não aderir ao movimento.
Na ocasião, a primeira-ministra declarou que não se oporia ao reconhecimento de um Estado da Palestina sob duas condições: a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a exclusão do movimento islamista de um futuro governo.
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Na sexta-feira, o chefe da diplomacia egípcia, Badr Abdelatty, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, discutiram os preparativos para a reunião, particularmente "a participação internacional na cúpula de Sharm el-Sheikh, assim como a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo".
Segundo o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, o Hamas vai libertar na manhã de segunda-feira os 48 reféns israelenses que ainda estão em Gaza, alguns vivos e outros mortos em cativeiro.
Israel deve libertar 250 prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas de prisão perpétua por ataques fatais, além de outros 1.700 detidos pelo Exército israelense durante operações militares em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Juntamente com os Estados Unidos e o Catar, o Egito desempenhou um papel decisivo nas negociações que levaram ao acordo de cessar-fogo. A primeira fase do acordo foi baseada no plano de paz em 20 pontos proposto por Trump.

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