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Sargento da PM começa a ser julgado por matar esposa e jogar corpo em rio: 'Ninguém merece uma maldade dessa', diz filha da vítima

15/10/2025 14:48 G1 RO

Gilmar de Sousa Castro e Lindalva
reprodução
Começou na manhã desta quarta-feira (15), em Porto Velho, o julgamento do sargento da Polícia Militar (PM), Gilmar de Sousa Castro, de 53 anos. Ele é acusado de matar a companheira, Lindalva Galdino de Araújo, de 52 anos, e jogado o corpo em um rio. O crime aconteceu em julho de 2022.
A filha da vítima, Jaqueline Araújo de Azevedo, falou à Rede Amazônica que espera por Justiça. Também lamenta o não ter conseguido se despedir da mãe.
"A minha mãe era muito amável, tratava muito bem ele. Minha mãe não merecia isso, ninguém merece uma maldade dessa. A gente não teve nem a oportunidade de ter um velório digno de poder pegar no corpo, na mão da minha mãe. Isso me dói tanto, quando eu lembro que eu não pude pegar no rosto da minha mãe, na mão dela", relata.
Gilmar é julgado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O boletim de ocorrência narra que ele matou a vítima com um tiro no pescoço, a enrolou em uma lona, colocou no porta malas do carro, se deslocou até o ramal Maravilha e jogou o corpo de Lindalva em uma ribanceira.
O suspeito confessou à polícia que arrastou o corpo até o rio Madeira e ficou olhando até ele desaparecer.
A defesa do sargento sustenta a tese de que o tiro foi um "acidente doméstico" e que o suspeito tinha a intenção de levar a vítima até o hospital, mas ficou desesperado. Quatro testemunhas de defesa devem ser ouvidas.
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"Na verdade Gilmar viveu 18 anos com Lindalva. Eles tinham planos. Infelizmente aconteceu uma fatalidade. Muitas vezes diante de situações como essa as pessoas não sabem que decisão tomar, na verdade ele queria levar ela pro hospital", reforça o advogado Maurício Filho.
No entanto, de acordo com a promotora de Justiça, Joice Gushy, o réu já tem um histórico de violência contra a vítima. Ela espera por uma pena justa e severa, acolhendo os pedidos do Ministério Público de Rondônia.
"Infelizmente nós gostaríamos de acreditar na tese da defesa, mas nós temos provas robustas que apontam exatamente em sentido contrário. [Esperamos] o reconhecimento de que ele praticou um crime absurdo, horrendo, contra aquela pessoa que devia amar, proteger e cuidar", reforça.

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