Redes do governo usam megaoperação no Rio para reforçar campanha por PEC da Segurança:
O governo federal utilizou a operação policial contra o Comando Vermelho, que deixou ao menos 119 mortos no Rio, para reforçar a campanha do Planalto pela PEC da Segurança Pública. No vídeo, a gestão petista afirma que, para o combate ao crime funcionar, é preciso "mais inteligência e menos sangue".
"Se o crime é organizado, a resposta também precisa ser. Se o crime é nacional, espalhado pelo país, a gente só vai vencer essa guerra com a polícia do Brasil inteiro atuando junta", diz o vídeo ao defender a PEC da Segurança.
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O vídeo aponta que o crime organizado é um "dos maiores problemas do Brasil" — por "destruir famílias, oprimir moradores e espalhar drogas e violência pela cidade" —, mas ressalta que operações como a de terça-feira "também colocam polícias, famílias e crianças em risco".
"Matar 120 pessoas não ajuda nada no combate ao crime, porque mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho. Para combater o crime precisa mirar a cabeça, mas não de pessoas. Precisa atacar o cérebro e o coração dos núcleos criminosos", afirma o vídeo.
A PEC da Segurança, enviada ao Congresso em abril, propõe alterações na Constituição que ampliam o papel da União na elaboração de políticas de segurança pública. Na terça-feira, dia da operação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, voltou a defender a aprovação da proposta para que o governo federal possa coordenar esforços com os governos estaduais.
O ministro destacou que, atualmente, a responsabilidade pela segurança pública "diz respeito exclusivamente aos governadores", mas que a PEC poderia alterar isso.
O ministro ressaltou que a PEC, proposta pelo governo Lula e que tramita no Congresso, "visa exatamente a coordenação das forças estaduais com as forças federais e as municipais, o compartilhamento de inteligência e ações coordenadas e planejadas antecipadamente".
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