Quem é empresário que conseguiu reunir Trump, Messi, Bezos, Infantino e Milei no mesmo palco
São dias de trabalho das 7h da manhã até 1h ou 2h da madrugada, com mais mensagens do que ele consegue responder. Lidar com a pressão se torna uma descarga de adrenalina e uma corrida contra o tempo. O empresário uruguaio Ignacio González Castro está finalizando os detalhes de seu projeto mais ambicioso: o evento reunindo algumas das pessoas mais influentes do mundo: Donald Trump, Jeff Bezos, Lionel Messi, Gianni Infantino, Jamie Dimon, Stefano Domenicali, Ken Griffin, Rafael Nadal, entre outros, e também o presidente argentino, Javier Milei.
"Estamos ficando com cabelos brancos, e eu nem sou alguém que se estressa facilmente", diz o prefeito de Miami, Francis Suarez, com um sorriso.
O America Business Forum foi fundado há dez anos, mas esta é a primeira vez que acontece nesta cidade. As edições anteriores foram realizadas no Uruguai e, embora presidentes regionais como o paraguaio Santiago Peña no ano passado e atores renomados como Guillermo Francella já tenham participado, o evento deste ano conta com a presença de líderes mundiais.
Cada declaração de Messi é noticiada em veículos de comunicação do mundo todo; o mesmo acontece com o presidente dos Estados Unidos e o dono da Amazon. Portanto, recebê-los exige também medidas de segurança rigorosas.
A arena do Miami Heat, com capacidade para 20 mil pessoas, foi o local onde líderes de diversas áreas, como política, finanças, esportes e entretenimento, se reuniram. “Queremos oferecer este espaço às pessoas mais influentes do mundo. Existem grandes eventos como Davos, mas são mais voltados para a elite; este é aberto e para todos”, explica González Castro.
Os preços dos ingressos variaram de US$ 100 a US$ 10.000, dependendo da localização do assento. Há telões gigantes, iluminação elaborada e uma produção de palco em grande escala, projetada para a televisão — duas emissoras de notícias transmitirão o evento ao vivo — e, para completar, US$ 5.000 em dinheiro serão sorteados entre os primeiros participantes. "Você paga US$ 100 e ouve Messi e Trump, e ainda pode ganhar muito mais dinheiro", dizem os organizadores.
Ao todo, 18 personalidades participam ao longo de dois dias, a maioria das quais será entrevistada pelo apresentador da Fox News, Bret Baier, para tornar o formato mais dinâmico e evitar discussões puramente técnicas. As entrevistas serão divididas em duas partes: a primeira, focada em histórias pessoais e lições de vida; a segunda, em sua visão para o futuro. Haverá apenas quatro exceções.
Milei falará diretamente com a plateia por 45 minutos sobre o que considerar relevante. Os organizadores não impuseram nenhuma restrição a ele, nem a Donald Trump, que tem uma fala agendada de quase uma hora.
Messi, Trump, Jamie Dimon, María Corina: Fórum Empresarial Americano reúne poderosos em Miami
AFP
González Castro é um fanático por tênis e terá o prazer de entrevistar Nadal, um dos maiores jogadores da história do esporte. Ele deixará de lado brevemente seu papel de empresário, embora a entrevista também aborde o lado empreendedor do astro do tênis, que inclui hotéis, imóveis e suas próprias marcas. Messi será entrevistado por um apresentador diferente.
“Em termos de produção, é como o Grammy. A equipe técnica é praticamente a mesma. O formato mais dinâmico nos permite ver o DNA dos entrevistados e como eles fizeram o que fizeram”, diz González Castro.
O clima político que envolve cada participante aumenta o prestígio do evento. María Corina Machado (que participará por vídeo) acaba de receber o Prêmio Nobel da Paz de 2025 por sua luta democrática na Venezuela. Donald Trump, por sua vez, chegará ao fórum após seu papel de liderança nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, acompanhado por Steve Witkoff, seu enviado especial para o Oriente Médio durante as negociações de paz.
Além disso, ontem, no primeiro teste eleitoral de seu segundo mandato, Trump sofreu um revés significativo: os democratas venceram na Virgínia e em Nova Jersey, e o socialista Zohran Mamdani obteve uma vitória histórica em Nova York, portanto, há grande expectativa em torno de seu discurso. Milei, por sua vez, chega após a vitória do partido, Libertad Avanza, nas eleições legislativas.
“Obviamente, não coordenamos o horário, já que a data foi marcada há muito tempo, mas é o melhor momento. Há um ditado que diz que é melhor ter sorte do que talento”, brinca Suárez. González, por sua vez, esclarece que o fórum é neutro, não tem posicionamento político e que Milei foi escolhido porque “gera muito interesse”, descrevendo-o como uma estrela do rock.
A questão que se coloca é quanto dinheiro está sendo oferecido a cada um deles para participar e o que acontece com os presidentes que não têm direito a pagamento. “Não lhes pagamos nada, apenas o hotel, a alimentação e o transporte”, disse González Castro ao La Nacion. Ele indicou, em resposta a outra pergunta desta publicação, que o investimento totalizou US$ 15 milhões e que um dos principais contribuintes foi o fundo soberano saud
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