
Promotora de justiça é afastada após suspeitas de usar funcionários do MP para escrever dissertação de mestrado e fazer compras no RS
Promotora de justiça Martha Beltrame
Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul/Reprodução
O Conselho Superior do Ministério Público afastou do trabalho por 90 dias a promotora de justiça Martha Beltrame, que responde a procedimento disciplinar que apura denúncias de que ela usaria servidores e funcionários terceirizados do MP para fins pessoais. A decisão foi tomada nesta semana.
Sob investigação da corregedoria do Ministério Público (MP) há cerca de um ano, o relatório final do caso apontou que Martha teria cometido três infrações graves, passíveis de demissão. Elas envolveriam o uso de uma pessoa em cargo comissionado para a redação de uma dissertação de mestrado e de um funcionário terceirizado para fazer compras em mercado.
"A promotora recebeu uma penalidade de suspensão por 90 dias e uma penalidade de censura. Se confirmada a decisão do Conselho Superior do Ministério Público, será aplicada a penalidade que implica em não recebimento de vencimentos", divulgou a assessoria de comunicação do MP ao g1 e à RBS TV.
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O MP não divulgou uma previsão de data para a decisão final do Conselho Superior do MP. Martha ainda pode recorrer. g1 e RBS TV tentaram contato com ela por telefone, mas não obtiveram retorno até a publicação desta reportagem.
Quem é a promotora
Promotora de Justiça Martha Beltrame
Reprodução
A promotora ingressou no MP em 1993 no Rio Grande do Sul, tendo trabalhado nas promotorias de Justiça Criminal Regional do Sarandi e do Controle Externo da Atividade Policial. Foi presidente da Associação do MP entre 2018 e 2020, e diretora administrativa e financeira do Colégio de Diretores das Escolas e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) em 2023.
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