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Príncipe Harry tenta reconstruir laços com o pai, mas lamenta falta de apoio de William

16/10/2025 00:37 O Globo - Rio/Política RJ

Depois de um encontro privado com o rei Charles III, em setembro, o príncipe Harry estaria empenhado em reconstruir a relação com o pai, informou o site International Business Times UK. No entanto, segundo fontes próximas à família real britânica, o duque de Sussex se ressente da falta de apoio do irmão, o príncipe William, que manteria uma postura distante diante das tentativas de reaproximação.
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O encontro entre pai e filho ocorreu no dia 10 de setembro de 2025, em Clarence House, residência oficial do rei em Londres. Foi a primeira reunião presencial entre os dois desde fevereiro de 2024. De acordo com relatos da imprensa britânica, a conversa — que durou cerca de uma hora — transcorreu de forma cordial e marcou um raro momento de diálogo direto entre eles desde que Harry deixou as funções reais, em 2020.
Dias depois, em entrevista ao jornal The Guardian, Harry afirmou que pretende passar “mais tempo no Reino Unido em um futuro não muito distante” e destacou que o foco de suas visitas é o bem-estar do pai. Segundo ele, o reencontro teria “aproximado essa possibilidade”.
As declarações alimentaram especulações sobre uma possível retomada parcial das funções reais por parte de Harry, que hoje vive nos Estados Unidos com a esposa, Meghan Markle. No entanto, segundo o The Times, o rei Charles teria descartado essa hipótese, reforçando que “não há espaço para um papel pela metade” dentro da monarquia.
Apesar do tom positivo, a reunião acabou ofuscada por uma série de vazamentos e boatos na imprensa britânica. Algumas publicações afirmaram que Harry considerou o encontro “formal demais” e que teria se sentido “como um visitante oficial, não como um filho”. Em resposta, um porta-voz do duque classificou as informações como “categoricamente falsas”, acusando fontes do palácio de tentar “sabotar qualquer reconciliação entre pai e filho”.
Outros tabloides voltaram a mencionar os chamados “homens de terno cinza”, expressão usada por Harry e por sua mãe, a princesa Diana, para se referir aos assessores de alto escalão da realeza. Segundo as publicações, o príncipe acredita que esses conselheiros ainda interferem na relação com o pai — uma percepção que ecoa críticas antigas de Diana, que dizia se sentir controlada pela estrutura palaciana.
Especialistas em assuntos da realeza afirmam que o distanciamento entre Harry e William continua a alimentar divisões internas. De acordo com o The Guardian, o príncipe de Gales mantém forte influência sobre as decisões do palácio e tem adotado uma postura cautelosa quanto ao retorno do irmão à rotina institucional.
Enquanto aliados de Harry acreditam que assessores ligados a William plantaram notícias sobre o “fim definitivo” da carreira real do duque, fontes próximas ao herdeiro do trono sustentam que os vazamentos sobre uma “reaproximação parcial” partiram do círculo de Harry. O impasse, segundo analistas, reflete anos de desconfiança e tensões familiares.
Um historiador ouvido pela BBC resumiu o dilema: “A monarquia sobrevive pela unidade, não pela uniformidade. Se o rei e seus dois filhos conseguirem equilibrar essas diferenças, o gesto seria simbólico e poderoso.”
Por ora, Harry parece buscar algo simples — a compreensão do irmão. Se William irá estender a mão, ainda é incerto. Mas o esforço do duque indica que, ao menos de sua parte, essa história ainda não chegou ao fim.

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