Por trás da escalada da violência, números revelam um Rio que encolheu economicamente e perdeu perspectivas para sua juventude
A questão da violência, que infelicita a população e ganhou destaque com a megaoperação policial, é também um reflexo da crise maior que o Estado do Rio vive há décadas — crise que pode ser constatada, só para citar um exemplo, pelo grande número de pessoas em situação de rua.
Aos números: pelas contas de Mauro Osório, economista especialista em economia fluminense, um dos indicadores dessa crise é o fato de o estado ter perdido 31,4% de participação no PIB desde a consolidação da transferência da capital, em 1970, até 2022.
O fato é que muitas empresas pegaram a Via Dutra e foram para São Paulo. E o que é mais triste: no que tange à evolução da ocupação formal e informal, utilizando dados do IBGE/Pnad, a taxa de desemprego no Rio, no segundo trimestre de 2025, era, entre jovens de 18 a 24 anos, a pior do país: 20,5%, contra uma média nacional de 12,0%.
“Como dar perspectiva aos jovens nessa situação?”, pergunta Osório. Cartas para a redação.
Fonte original: abrir