Policial penal condenado por tráfico de drogas em presídio é demitido
O policial penal Emerson Adolfo Scipião dos Santos teve a perda do cargo público publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27). Alvo da Operação Ouro Branco, deflagrada em outubro de 2021, ele foi condenado dois anos depois por envolvimento no esquema de facilitação para entrada de drogas dentro do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, no Jardim Noroeste. No texto publicado hoje, diz-se que a demissão ocorre em cumprimento à decisão do processo judicial que resultou da investigação do esquema. Emerson foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) junto com outras sete pessoas – entre elas o policial militar reformado Carlos Alberto Rocha. Conforme o MP, em agosto de 2021 o grupo se juntou para facilitar a entrada de drogas no presídio. NO dia 18 de outubro do mesmo ano, Carlos, Emerson e Ronaldo Aparecido Paulo de Souza foram presos em flagrante transportando em fundo falso de reboque acoplado a trator um tablete de cocaína e dois de maconha. Na ocasião, também foram apreendidos quatro carregadores de celular, dois cabos USB, cinco fones de ouvido, dez latas de energético e 58 garrafas PET com bebida alcoólica. Tudo seria comercializado dentro da unidade penal. Em agosto de 2023, o juiz Fernando Chemin Cury condenou os envolvidos no esquema. Emerson foi sentenciado a 5 anos e três meses de prisão por tráfico de drogas, mais 6 meses de detenção por prevaricação, em regime semiaberto. O magistrado ainda determinou a perda do cargo público, mas o policial penal poderia recorrer da decisão. Em julho do ano passado, a pena foi reduzida em um ano e quatro meses, mas a demissão foi mantida. Investigação – Durante a investigação, os policiais flagraram o momento em que Ronaldo saiu da Máxima dirigindo o trator com um reboque de madeira usado no transporte de lixo da unidade. Escoltado pelo agente penitenciário Emerson, ele atravessou a rua e foi até os contêineres da Solurb. Enquanto o interno descarregava os sacos, a equipe observou a presença do terceiro envolvido no esquema. O policial militar reformado se aproximou dos outros dois e assumiu a posição de “vigia” do crime. Com o aval dele, diversos produtos retirados do contêiner começaram a ser colocados dentro do reboque de madeira. A polícia ainda descobriu o envolvimento de cinco mulheres que faziam o papel de fornecedoras, entre elas, a atual mulher de Ronaldo. Todos passaram por audiência de custódia nesta manhã.
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