Com MS líder em apreensões, mercado de agrotóxico ilegal entra no radar do PCC
A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) também atua no mercado de agrotóxicos falsificados, esquema criminoso que movimenta cerca de R$ 20,8 bilhões por ano no Brasil e teve maior apreensão em Mato Grosso do Sul, entre 2018 e 2021. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, a partir de confirmação do MPSP (Ministério Público de São Paulo). Investigação sobre agiotagem em Franca (interior de São Paulo) mostra que PCC havia recebido R$ 40 mil "pelo veneno" e sofrido calote em outra negociação. De acordo com o IDESF (Instituto de Desenvolvimento Econômico Social de Fronteira), o mercado paralelo de agrotóxico é mantido por quatro crimes: roubo de carga legalizada, falsificação de defensivo agrícola, contrabando e importação de produtos legais para usar na adulteração (desvio de finalidade). A facção criminosa chegou a Mato Grosso do Sul no ano 2000, quando São Paulo transferiu lideranças. Rapidamente, o grupo de cinco presos formou seu exército local. Valendo-se das fronteiras de MS com Paraguai e Bolívia, a facção ganhou projeção no tráfico de drogas e armas, além da escalada da violência. Depois, adotando métodos mais refinados para a lavagem de dinheiro, a facção se infiltrou na economia formal, com tentáculos no setor de postos de combustíveis e fintech (empresa digital de serviço financeiro). Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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