Pequenas doses de álcool aumentam risco de sangramento cerebral
Um novo estudo publicado na revista Neurology revelou que beber álcool regularmente, mesmo em quantidades consideradas pequenas, aumenta o risco de sangramento cerebral e acelera o aparecimento de hemorragias graves.A pesquisa, conduzida por especialistas do Hospital Geral de Massachusetts, mostra que o consumo frequente de bebidas alcoólicas danifica os vasos sanguíneos do cérebro, favorecendo acidentes vasculares hemorrágicos (AVHs).Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool está relacionado a 2,6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, o que reforça a gravidade do problema de saúde pública.Como o álcool afeta o cérebroOs pesquisadores identificaram que o álcool enfraquece as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis a rompimentos. Esse efeito é agravado pelo aumento da pressão arterial e pela redução da coagulação sanguínea, fatores que contribuem para sangramentos cerebrais intensos e precoces.Pessoas com consumo excessivo de álcool costumam apresentar hemorragias em idade mais jovem e com maior comprometimento das regiões profundas do cérebro, áreas associadas à memória e à coordenação motora.Principais riscos do consumo de álcool Além de antecipar acidentes hemorrágicos, o uso contínuo de álcool está ligado a uma série de problemas neurológicos e cardiovasculares.Entre os principais riscos estão:Envelhecimento precoce do cérebroMaior probabilidade de demência e perda de memóriaComprometimento da coagulação sanguíneaPressão arterial elevada e danos aos vasos cerebraisSangramento cerebral mais intenso e precoceEsses efeitos tornam o álcool um dos principais fatores de risco evitáveis para doenças neurológicas graves, segundo a OMS.Hemorragia cerebral: o perigo que cresce em silêncioA hemorragia cerebral ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe dentro do cérebro, provocando acúmulo de sangue e destruição de tecidos nervosos.
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O quadro é grave e pode causar paralisia, perda de fala, convulsões e, em muitos casos, morte súbita.O estudo reforça que quanto maior o consumo de álcool, mais cedo esses episódios tendem a acontecer, mesmo em pessoas sem histórico familiar ou outras doenças pré-existentes.Como reduzir os danos do álcool e proteger o cérebroEspecialistas recomendam reduzir drasticamente o consumo de bebidas alcoólicas, ou preferencialmente cessar o uso, como principal medida de prevenção.Limitar a ingestão a três doses por semana já representa um passo importante para preservar a saúde do cérebro e do coração.Além disso, manter hábitos saudáveis, como praticar exercícios, dormir bem e controlar a pressão arterial, ajuda a diminuir o impacto do álcool no sistema nervoso e no sistema circulatório.
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