OpenAI e Broadcom assinam acordo para o desenvolvimento de chips e redes

A OpenAI assinou um acordo multianual com a Broadcom para colaborar no desenvolvimento de chips personalizados e equipamentos de rede, marcando o mais recente passo no ambicioso plano da startup criadora do ChatGPT de expandir sua infraestrutura de computação. As ações da Broadcom subiram até 11% após a abertura dos mercados em Nova York.
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Como parte do acordo, a OpenAI vai projetar o hardware e trabalhar com a Broadcom para desenvolvê-lo, de acordo com um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira. O plano é adicionar uma capacidade de data center de inteligência artificial equivalente a 10 gigawatts, com as empresas começando a implantar racks de servidores contendo o equipamento na segunda metade de 2026.
Ao customizar os processadores, a OpenAI afirmou que será capaz de incorporar o que aprendeu com o desenvolvimento de modelos e serviços de IA “diretamente no hardware, desbloqueando novos níveis de capacidade e inteligência”. A implementação do hardware deve ser concluída até o fim de 2029, segundo as empresas.
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Para a Broadcom, que fabrica componentes para tudo, desde o iPhone até redes óticas, a iniciativa a posiciona ainda mais no crescente mercado de IA. O acordo de segunda-feira confirma um arranjo que o CEO da Broadcom, Hock Tan, havia mencionado durante uma teleconferência de resultados no mês passado.
A OpenAI assinou vários acordos de grande porte neste ano, com o objetivo de aliviar as limitações de poder computacional. A Nvidia, cujos chips processam a maior parte do trabalho de IA, disse no mês passado que investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI para apoiar nova infraestrutura — com a meta de pelo menos 10 GW de capacidade. E, na semana passada, a OpenAI anunciou um acordo para implantar 6 GW de processadores da Advanced Micro Device (AMD) ao longo de vários anos.
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À medida que empresas de IA e de nuvem anunciam grandes projetos a cada poucos dias, muitas vezes não está claro como esses esforços estão sendo financiados. Os acordos interligados também aumentaram os receios de uma bolha nos gastos com IA, especialmente porque muitas dessas parcerias envolvem a OpenAI, um negócio em rápido crescimento, mas ainda não lucrativo.
Enquanto compra chips de terceiros, a OpenAI também vem trabalhando no desenvolvimento de seus próprios semicondutores. Eles são principalmente destinados a lidar com a fase de inferência na execução de modelos de IA — a etapa após o treinamento da tecnologia.
Não há componente de investimento ou ações no acordo com a Broadcom, disse a OpenAI, o que o diferencia dos acordos com Nvidia e AMD. Um porta-voz da OpenAI se recusou a comentar como a empresa financiará os chips, mas a ideia subjacente é que mais poder computacional permitirá à empresa vender mais serviços.
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Atualmente, um único gigawatt de capacidade de computação de IA custa cerca de US$ 35 bilhões apenas em chips, com 10 gigawatts totalizando mais de US$ 350 bilhões. Mas um dos principais motivos pelos quais a OpenAI trabalha para desenvolver seu próprio chip é reduzir seus custos, e não está claro qual será o preço dos chips da Broadcom no âmbito do acordo.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que sua empresa vem trabalhando com a Broadcom há 18 meses.
Sam Altman, da OpenAI, disse que customizar chips para IA tornará os modelos mais rápidos e eficientes
Bloomberg
A startup está repensando a tecnologia, começando pelos transistores e indo até o que acontece quando alguém faz uma pergunta ao ChatGPT, disse ele em um podcast divulgado por sua empresa:
— Ao ser capaz de otimizar em toda essa pilha, podemos obter enormes ganhos de eficiência, e isso levará a um desempenho muito melhor, modelos mais rápidos e modelos mais baratos.
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Quando Tan mencionou o acordo no mês passado, ele não citou o cliente, embora pessoas familiarizadas com o assunto o tenham identificado como sendo a OpenAI.
“Se você faz seus próprios chips, você controla seu destino”, disse Tan no podcast nesta segunda-feira.
A Broadcom tem sido cada vez mais vista como uma das principais beneficiárias dos gastos com IA, ajudando a impulsionar o preço de suas ações neste ano. O valor das ações subiu 40% até o fechamento de sexta-feira, superando o ganho de 29% do índice de referência Philadelphia Stock Exchange Semiconductor Index.
A OpenAI, por sua vez, alcançou uma avaliação de US$ 500 bilhões, tornando-se a maior startup do mundo por esse critério.
Ao aproveitar a tecnologia de redes da Broadcom, a OpenAI está diversifica

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