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O que se sabe sobre o aval da Petrobras para perfurar poço na Foz do Amazonas

22/10/2025 09:42 GazetaWeb - Política

Sonda de perfuração NS-42.


— Foto: Divulgação Foresea









O Ibama autorizou, na segunda-feira (20), a Petrobras a perfurar um poço em águas profundas na região da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial — que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. O aval é exclusivo para pesquisa exploratória.A atividade na região é duramente criticada por ambientalistas, enquanto especialistas em petróleo ressaltam sua importância para a produção. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Margem Equatorial representa o "futuro da soberania energética".Entenda nesta reportagem o que se sabe e o que falta saber sobre a operação. Qual é a permissão concedida pelo Ibama?Quanto tempo vai levar a pesquisa?Onde será a exploração?Qual o tamanho da Bacia da Foz do Amazonas?Qual é a importância estratégica da área?Qual volume pode ser extraído?Quanto pode ser arrecadado?Qual é a qualidade do óleo na região?Qual o custo do navio usado para a perfuração?Por que as ações da Petrobras caíram após aval do Ibama?O que dizem Ibama e Petrobras?Como ambientalistas avaliam a aprovação?Quanto tempo levou para o Ibama conceder a licença?Quais os próximos passos?Qual é a permissão concedida pelo Ibama?Na prática, a licença concedida pelo Ibama autoriza a realização de atividades de perfuração e pesquisa em um bloco na Foz do Amazonas. (veja a localização exata mais abaixo)A proposta é que a empresa realize estudos para verificar se realmente existe potencial de ocorrência de petróleo na região. Caso a presença de petróleo seja confirmada, será necessário obter novas licenças para a extração.Quanto tempo vai levar a pesquisa?A perfuração pela Petrobras está prevista para começar de forma imediata e deve durar cerca de cinco meses. Os efeitos concretos da iniciativa, portanto, só poderão ser observados após esse período.Nesta fase, não há produção de petróleo: trata-se exclusivamente de pesquisa exploratória. Apesar disso, essa etapa é vista como uma derrota para aqueles que são contra a exploração na região.Onde será a exploração?A perfuração será realizada no bloco FZA-M-059, localizado em mar aberto, a cerca de 175 km da costa do Amapá e 500 km da foz do Rio Amazonas, em uma área de águas profundas.Segundo a Petrobras, serão coletados dados geológicos para verificar a presença de petróleo e gás em escala comercial.




























































Infográfico mostra o local em que a Petrobras vai explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas.


— Foto: Arte/g1









Qual o tamanho da Bacia da Foz do Amazonas?A área está localizada no extremo oeste da Margem Equatorial brasileira e tem cerca de 268 mil km², segundo a Petrobras. A extensão abrange a plataforma continental, o talude e a região de águas profundas, até o limite entre as crostas continental e oceânica.Qual é a importância estratégica da área?A Margem Equatorial, onde está localizada a Bacia da Foz do Amazonas, é vista como uma das novas fronteiras de exploração de petróleo e gás no Brasil, com potencial para se tornar um novo “pré-sal”, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).A região é considerada promissora devido à semelhança geológica com as bacias vizinhas da Guiana e do Suriname, que concentram algumas das reservas de petróleo e gás mais relevantes do mundo.Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esses países passaram de zero produção em 2019 para 360 mil barris por dia em 2023, com projeções de ultrapassar 1 milhão de barris diários até 2027.Qual volume pode ser extraído?O governo estima que a Margem Equatorial teria reservas que permitiriam explorar 1,1 milhão de barris de petróleo diariamente. É mais do que a capacidade dos dois principais campos da Bacia de Santos: Tupi, com cerca de 850 mil barris por dia, e Búzios, que ultrapassou os 900 mil.Segundo o MME, com isso, seria possível retirar até 10 bilhões de barris de petróleo da região. Atualmente, o Brasil tem uma reserva comprovada de 16,8 bilhões de barris — o que seria suficiente para manter o país sem precisar comprar petróleo de outros países até 2030.A EPE calcula que a Bacia da Foz do Amazonas possui um volume recuperável de 6,2 bilhões de barris de óleo equivalente. A estimativa faz parte de um estudo que compõe um projeto dedicado à análise das bacias sedimentares brasileiras.Em entrevista à GloboNews, o ministro Alexandre Silveira afirmou que a Margem Equatorial poderá receber mais de R$ 300 bilhões em investimentos e gerar até R$ 1 trilhão em arrecadação nas próximas décadas, com retorno para áreas como saúde e educação.Ele não detalhou o potencial específico da Bacia da Foz do Amazonas, situada na mesma região.Segundo o Simulador de Impacto na Margem Equatorial, do Observatório Naciona

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