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Niterói foi monitorada em tempo real durante megaoperação policial no Rio

31/10/2025 19:12 O Globo - Rio/Política RJ

Na semana em que o Rio de Janeiro registrou a operação policial mais letal da história, com mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, a prefeitura de Niterói montou um esquema especial de monitoramento para acompanhar em tempo real qualquer impacto na cidade, no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp). O prefeito Rodrigo Neves acompanhou a situação por meio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), que reuniu representantes das forças de segurança pública para alinhar estratégias e prevenir qualquer possível impacto.
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O trabalho foi conduzido de forma conjunta entre a prefeitura e as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além de representantes do programa Segurança Presente. Segundo o governo municipal, apesar da tensão gerada pelos confrontos na capital, não houve qualquer intercorrência em Niterói. Ainda assim, como medida preventiva, o policiamento foi reforçado em pontos estratégicos.
Em vídeos publicados nas redes sociais, Rodrigo pediu calma à população e reforçou que as informações sobre segurança deveriam ser buscadas nos canais oficiais da prefeitura.
— Mais uma vez, queria transmitir tranquilidade para toda a população de Niterói. Não tivemos qualquer ocorrência — afirmou o prefeito, ao lado do comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, Leonardo Oliveira, e de outros agentes da segurança pública.
Rodrigo alertou ainda a população para que não compartilhasse informações falsas.
— Todos os canais oficiais estão disponíveis para atualizações e esclarecimentos — informou.
Reflexos na UFF e no transporte
A Polícia Militar, por sua vez, declarou que o policiamento foi intensificado nas ruas e que o comando permaneceu atento a qualquer “movimentação atípica no perímetro urbano”, diante da possibilidade de migração de traficantes da capital para cidades vizinhas.
A Ponte Rio-Niterói foi alvo de boatos sobre um possível fechamento. A Ecoponte, concessionária que administra a via, classificou como fake news a informação de que haveria interdição por causa da operação policial ou devido à ação de bandidos. Em nota, terça-feira, a empresa afirmou que “não há indícios ou ocorrências que justifiquem a interdição da Ponte Rio-Niterói em razão de operações policiais”.
Entre as instituições de Niterói, apenas a Universidade Federal Fluminense (UFF) alterou consideravelmente a rotina devido ao cenário de insegurança. As atividades foram suspensas por dois dias. A instituição afirmou que a medida foi necessária dado o número de estudantes e servidores que moram ou trabalham na capital e foram impactados diretamente pela situação de emergência.
O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) informou que a operação sofreu impacto durante a última quarta-feira. A entidade garantiu que a rotina seguiu sem alterações significativas, embora com demanda reduzida de veículos. Segundo nota divulgada pela entidade, as equipes seguem monitorando a situação e poderão ajustar o funcionamento “caso ocorram situações relacionadas à segurança pública que impactem o transporte”.
Durante a noite da terça-feira, segundo o sindicato, houve necessidade de ajustes pontuais por motivos de segurança, mas a operação foi retomada com cautela, priorizando a proteção de passageiros e colaboradores.
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