Mulher investigada por matar marido a facadas é ouvida e liberada
A mulher investigada por matar o companheiro a facadas em Alagoinhas, no agreste baiano, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira, 27, para prestar depoimento e foi liberada em seguida.Segundo apuração do Portal A TARDE, Raiane Vivian compareceu à 1ª Delegacia Territorial (DT) do município acompanhada por seu advogado, por volta das 16h. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Amanda Brito, “Vivian foi ouvida, apresentou sua versão sobre o ocorrido e foi liberada, pois o período de flagrante já havia se encerrado”.A Polícia Civil informou que as investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do crime. Defesa nega fugaO advogado de defesa, Jorge Domingos, declarou que sua cliente não estava foragida e se apresentou voluntariamente à polícia. Ele informou ainda que Raiane foi submetida a exame de corpo de delito, que teria apontado lesões em diversas partes do corpo, como: rosto;olhos;boca; nariz;supercílios; além de marcas de agressões provocadas por ripas e socos.“Raiane não fugiu. Ela se apresentou, prestou todos os esclarecimentos necessários e permanece à disposição da Justiça. A autoridade policial segue nas investigações, e a defesa apresentará provas que comprovam sua versão dos fatos”, afirmou Domingos.O advogado acrescentou que, após o crime, Raiane deixou o local por medo de represálias e vem sendo ameaçada em redes sociais. Segundo ele, a investigada está atualmente em Alagoinhas, sob orientação jurídica e sem acesso ao imóvel onde vivia.
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Relacionamento conturbadoRaiane e Nicholas Fábio mantinham um relacionamento de 12 anos, marcado por conflitos e episódios de violência. Em entrevista à imprensa, a mãe de Nicholas afirmou que esta teria sido a terceira vez que a suspeita usou facas durante discussões e que o casal estava em processo de separação.“A maioria das brigas era por ciúme. Ela não queria que ele tivesse amigos, nem que se aproximasse da família. Eles estavam prestes a se separar e ela não queria perder o que tinha com ele”, declarou Maria, mãe da vítima, à Record Bahia.A defesa, no entanto, nega que houvesse separação e também refuta a hipótese de motivação financeira.“Falar em motivação patrimonial é incoerente. Eles não tinham veículo, não havia dinheiro envolvido e a casa onde moravam havia sido doada pela família dele. Que patrimônio seria esse?”, questionou o advogado.Histórico de agressõesO defensor confirmou que o casal tinha um histórico de conflitos e destacou que há registro de ocorrência anterior feito por Raiane na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), relatando agressões sofridas anos atrás.“Era um relacionamento conturbado, com episódios de violência física e psicológica de ambos os lados. Raiane é uma mulher negra, mãe, que tem sido julgada e atacada publicamente, mas confia na investigação e no trabalho da polícia”, concluiu Domingos.Raiane e Nicholas tinham uma filha de 8 anos, que atualmente está sob os cuidados da mãe.
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