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Motorista é indiciado por atropelar gari da Solurb e causar morte durante coleta

14/10/2025 22:00 Campo Grande News - Política

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Cipriano Pereira Quinhones, de 60 anos, e indiciou por homicídio culposo o motorista do caminhão de coleta da CG Solurb, Paulo Lima dos Santos. O gari morreu atropelado durante o trabalho no dia 17 de setembro, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande. A perícia e as investigações conduzidas pela 6ª Delegacia de Polícia Civil apontam que a principal hipótese é de que o próprio caminhão da concessionária tenha atingido o trabalhador. Segundo o delegado Sam Suzurama, a análise técnica e as provas coletadas indicam que o veículo deu marcha à ré no momento do atropelamento — procedimento não recomendado pela empresa sem o auxílio de outro funcionário sinalizando. “O caminhão não deve dar ré. Só pode fazer isso quando há alguém atrás sinalizando, porque tem muitos pontos cegos. O GPS mostrou que o veículo parou e depois iniciou a marcha à ré, primeiro a 9 km/h e depois a 4 km/h”, explicou o delegado. O sistema de rastreamento mostrou que o caminhão fez uma parada total antes da manobra de ré. Nesse intervalo, acredita-se que Cipriano tenha descido do veículo e permanecido na traseira, possivelmente sem perceber que o motorista voltaria a se movimentar. O delegado explicou que a rotina de trabalho dos coletores não inclui manobras de ré, justamente por causa do risco de acidentes. “Ele provavelmente desceu, sem imaginar que o caminhão se moveria para trás naquele momento”, disse Suzurama. A perícia não encontrou vestígios de sangue no caminhão, mas, de acordo com o delegado, as circunstâncias tornam improvável que outro veículo tenha causado o atropelamento. “O perito disse que as marcas de pneu poderiam ter sido feitas tanto de ré quanto para frente, mas, considerando a posição da equipe e a dinâmica, tudo indica que foi o próprio caminhão”, completou. O motorista, Paulo Lima dos Santos, foi ouvido ainda no dia do acidente. Na ocasião, negou a autoria e alegou não ter visto o momento em que o colega foi atingido. “Ele repetiu várias vezes que não foi ele, que não percebeu o atropelamento”, contou o delegado. Cipriano trabalhava na Solurb há oito anos e estava prestes a se aposentar. O velório, realizado no dia seguinte ao acidente, reuniu colegas de trabalho e familiares. “Ele era uma referência para todos nós”, disse à época a enteada, Edilaine Neto de Araújo, emocionada. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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