Lula terá que pesar lealdade e governabilidade na escolha para vaga de Barroso
Ministro Luís Barroso anuncia aposentadoria do STF
A decisão do ministro Luís Roberto Barroso de deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), formalizada nesta quinta-feira (9), não pegou ninguém de surpresa. Ele já vinha afirmando publicamente que seu ciclo na Corte havia se encerrado.
Agora, a principal expectativa em Brasília é sobre quem será o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga.
Segundo interlocutores do governo e do próprio Supremo ouvidos pelo blog, Lula terá de equilibrar dois critérios ao escolher o sucessor: lealdade pessoal e governabilidade.
Se Lula mantiver o mesmo padrão adotado nas nomeações dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, o favorito é o advogado-geral da União, Jorge Messias — considerado um nome de confiança do presidente e alguém com quem mantém uma relação de proximidade e lealdade.
Mas o cenário é mais complexo desta vez. Às vésperas das eleições de 2026, entra em jogo também o fator político.
Há uma campanha aberta também do presidente do Senado, David Alcolumbre (União Brasil-AP), com quem Lula tem uma excelente relação e de quem o presidente também depende, quando precisa de votos lá no Senado.
Alcolumbre defende Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado e um de seus principais aliados. De acordo com fontes do governo e do STF, Messias e Pacheco despontam como os nomes mais fortes na disputa pela vaga deixada por Barroso.
Fonte original: abrir