
Caso cresça pressão por uma mulher na vaga de Barroso, nome de ministra Daniela Teixeira, do STJ, passa a ganhar força
'Ministro Barroso está saindo do STF para ser feliz'
Em caso de impasse por excesso de pressão na escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e aumento do clamor pelo nome de uma mulher para a vaga, a opção mais ventilada no Palácio do Planalto é da ministra Daniela Teixeira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nesta quinta-feira (9), o ministro Luis Roberto Barroso anunciou a aposentadoria, deixando uma vaga aberta. Cabe ao presidente da República fazer a indicação. O Senado tem que aprovar o nome.
O presidente Lula deve manter o critério de confiança já estabelecido nas escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino. Nesse cenário, o advogado-geral da União, Jorge Messias, larga na frente.
Por outro lado, há forte pressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outros ministros do STF mais próximos de Lula pelo nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado.
Por isso, no Palácio do Planalto, se fala que a escolha tem que ser rápida, para evitar impasse e disputas nos bastidores.
Se esse cenário crescer, há quem defenda o nome de uma mulher como "tertius" (o terceiro numa disputa que inicialmente era travada entre dois).
Daniela Teixeira é um nome de confiança de Lula e foi indicada pessoalmente por ele para o STJ em 2023.
A ministra Daniela Teixeira, do STJ
Roque de Sá/Agência Senado
O nome de Daniela já é cotado — caso Lula seja reeleito — para a vaga da ministra Cármen Lúcia que, pela lei, deve se aposentar no máximo em 2029.
A percepção é que com a aposentadoria de Cármen em um eventual próximo mandato ficaria muito difícil para Lula explicar não indicar uma mulher para o STF.
Logo após anunciar sua aposentadoria, Barroso foi questionado sobre uma mulher para a sua vaga. Ele disse que filosoficamente gosta da ideia.
Fonte original: abrir