Oposição aposta em nova suspensão de processo do STF pela Câmara

A oposição na Câmara dos Deputados aposta que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautará no plenário já na próxima semana a suspensão de um processo aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta semana a suspensão da ação penal no colegiado, mas a palavra final cabe ao plenário.
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Se aprovada a suspensão, essa seria a segunda vez em menos de 6 meses que a Câmara sustaria um processo aberto pelo STF contra um parlamentar. Em maio, a Casa suspendeu parte dos crimes pelos quais o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) é réu no STF.
Gayer responde a um processo na Corte pelos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
Em vídeo publicado nas redes sociais em 2023, o deputado chamou Vanderlan de “vagabundo” e disse que ele virou “as costas pro povo em troca de comissão”, insinuando que Vanderlan e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apoiaram a reeleição do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em troca de espaços na Casa.
Deputado Gustavo Gayer (PL - GO)
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A suspensão de um processo está prevista na Constituição, mas vale só para parlamentares e para crimes cometidos depois da diplomação do réu como deputado ou senador.
Deputados da oposição se dizem descontentes com o processo contra Gayer, porque havia uma expectativa de que o STF não abriria a ação penal contra o deputado. Na avaliação deles, Gayer estaria preservado pela imunidade parlamentar.
Nesta quarta (8), a CCJ decidiu, em votação simbólica, aprovar o parecer do deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), pela sustação do andamento da ação penal.
Votaram contra os deputados Helder Salomão (PT-ES), Patrus Ananias (PT-MG) e Luiz Couto (PT-PB), todos da base governista.

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