
Irmãos que mataram auditor fiscal são condenados por crimes tributários descobertos pela vítima
Irmãos já foram julgados por assassinato em 2024.
Anderson Macena
Dois irmãos já condenados pelo assassinato do auditor fiscal João de Assis, em 2022, foram condenados nessa terça-feira (21) por crimes contra a ordem tributária, alvo inclusive da fiscalização do auditor executado enquanto fiscaliza o depósito de bebidas dos acusados.Os réus Ronaldo Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo foram condenados no processo que julgou um esquema de sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A 17ª Vara Criminal da Capital, que sentenciou o caso, não divulgou as penas.Ronaldo Gomes de Araújo foi o réu que acumulou a maior quantidade de condenações nesta nova decisão, sendo responsabilizado por quatro crimes distintos na esfera financeira e fiscal. A Justiça o considerou culpado por sonegação de impostos em duas ocasiões. Ronaldo foi condenado por lavagem de dinheiro e por associação criminosa.Em relação aos crimes de sonegação, a Justiça reconheceu que as penas de Ronaldo deveriam ser menores devido à sua confissão espontânea perante as autoridades durante a fase processual.Outros dois parentes de Ronaldo também foram condenados no processo, mas por um número menor de crimes: seu irmãos Ricardo e João Marcos Gomes de Araújo. Ricardo também já foi condenado por matar o auditor fiscal João de Assis.João Marcos, que na época do homicídio foi inocentado, agora figura entre os condenados neste caso fiscal. Ambos foram considerados culpados pelos delitos de lavagem de dinheiro e associação criminosa.Ricardo e João Marcos foram absolvidos da acusação de sonegação de impostos. O entendimento foi que as evidências não eram suficientes para provar que eles tinham participação direta ou responsabilidade nos atos específicos de sonegação tributária.Os réus Maria Selma Gomes Meira, mães dos sentenciados, e João Correia de Araújo foram completamente absolvidos de todas as acusações que pesavam contra eles, que incluíam sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A absolvição completa foi justificada pela insuficiência de provas.Ronaldo, e seu irmão Ricardo, já cumprem pena pelo assassinato de João de Assis, no qual foram sentenciados a mais de 41 anos de prisão cada um, em regime fechado, após serem identificados como os executores diretos do auditor. A condenação pelo homicídio foi proferida em novembro de 2024.
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