Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Investigação aponta possível fraude em alvarás de incêndio liderada por servidor público no RS; veja como funcionaria o esquema

21/10/2025 08:04 G1 RS

Servidor público é alvo de investigação por corrupção e fraude envolvendo planos de prevenção contra incêndio no RS
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (20) a Operação Reverso para investigar crimes de corrupção, prevaricação e falsificação de documentos supostamente praticados por um servidor público de Campo Bom, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Segundo as investigações, o funcionário teria criado uma empresa de fachada para oferecer serviços técnicos ligados a planos de prevenção e proteção contra incêndio. Ele usaria o cargo para induzir empresários a pagar valores indevidos, alegando que os planos eram obrigatórios para regularização dos estabelecimentos.
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
De acordo com a polícia, ao buscarem a obtenção do Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (APPCI), o servidor investigado atendia as empresas. Os empresários eram orientados por ele e frequentemente eram encaminhados para empresas privadas, entre elas a empresa "APPCI Fácil".
Veja os vídeos que estão em alta no g1
"Essa empresa produzia documentos técnicos falsos, utilizando dados de um suposto engenheiro que, na realidade, não existia e cujo registro era inexistente nos cadastros do CREA/RS", afirma o delegado Rodrigo Camara, da Delegacia de Polícia de Campo Bom. Cada alvará falso custava, em média, R$ 800.
A investigação começou em 2024, após o Corpo de Bombeiros Militar identificar indícios de irregularidades e comunicar os fatos à Polícia Civil. Mais de 30 empresas foram prejudicadas nos municípios de Campo Bom, Novo Hamburgo e Dois Irmãos, totalizando cerca de R$ 24 mil pagos ao investigado.
O delegado também afirma que a Agência de Inteligência do Corpo de Bombeiros foi essencial para revelar o esquema. Ele destacou a colaboração da Administração Municipal, que afastou o servidor assim que a Polícia Civil informou que a medida não comprometeria as investigações.
De acordo com a polícia, as empresas terão os alvarás cancelados e deverão solicitar novos documentos. Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário. Celulares, computadores e documentos foram recolhidos para análise.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Fonte original: abrir