
Histórias de amizades e superação marcam corrida em Campo Grande
A Corrida do Pantanal, realizada na manhã deste domingo (12) em Campo Grande, foi mais do que uma disputa por tempo: tornou-se símbolo de amizade, parceria e superação. Entre os milhares de participantes, histórias de união e incentivo se destacaram nos 21 quilômetros da meia-maratona. Em família, o servidor público Alessandro Ramos, de 43 anos, completou a meia-maratona, tendo um incentivo bastante especial: a torcida do filho Calebe, de 13 anos, que, ao ver o pai se aproximando da chegada, correu para abraçá-lo e terminar a prova junto com ele. “O percurso foi bastante difícil; as subidas foram absurdas, mas o apoio do pessoal ajudou muito. E quando o ouço gritando ‘bora, pai!’, dá aquele gás no final”, relatou o atleta. Calebe, que começou a treinar inspirado pelo pai, acompanhou tudo da arquibancada. “Fico bem feliz de ver ele correndo e melhorando cada vez mais”, disse o adolescente, orgulhoso. A amizade também marcou a corrida deste domingo. A professora de educação física Marielle Benitez, de 23 anos, e a autônoma Miriam Marques, de 36, são amigas há cerca de seis meses. Elas se conheceram em uma assessoria esportiva e, desde então, correm lado a lado nas provas. Neste domingo, cruzaram juntas a linha de chegada da meia-maratona. “Como ela corre muito mais do que eu, foi um aprendizado. Cada uma puxava a outra; quando uma pensava em desistir, a gente se ajudava durante o percurso. Para mim, foi muito bom”, contou Marielle. Miriam completou a fala da amiga lembrando que, desta vez, a corrida teve um gosto especial. “Foi uma experiência muito satisfatória, porque geralmente corro sozinha. Achei que ia ser assim de novo, mas quando ela apareceu, pensei: ‘Ainda bem que você veio’. Foi uma corrida pra curtir mesmo”, disse. De outros estados, os militares Kajotha, de 19 anos, natural de Nova Iguaçu (RJ), e Kauã Gabriel, de 22, de Canindé (CE), também compartilharam o espírito de amizade e parceria na prova. Eles trabalham em Campo Grande e participaram juntos, pela primeira vez, de uma competição de rua. Kajotha, que estreou nos 21 km, e Kauã, já experiente em distâncias maiores, se encontraram no quilômetro 9 e seguiram juntos até o fim. “Poder fazer uma corrida assim é uma experiência muito diferente. Lá na minha cidade não tem toda essa organização. A gente veio de estados distantes para participar e valeu muito a pena”, destacou Kauã. O carioca também se impressionou com o evento. “Nunca tinha corrido no Rio, apesar de haver muitas provas por lá. Gostei da estrutura e o clima estava ótimo para correr”, afirmou. Outro exemplo de amizade e companheirismo na pista veio de Kellen de Oliveira Silva, de 33 anos, e Alessandro de Andrade, de 51, que moram no interior de São Paulo. Eles são maratonistas, treinam juntos e costumam viajar pelo país para participar de corridas. Já competiram em São Paulo e Florianópolis e esta foi a quarta vez na Corrida do Pantanal. “Muita gratidão só por completar, porque é bem difícil. Tenho pessoas maravilhosas do meu lado que me apoiam e me ajudam. Se não fosse por isso, eu tinha desistido na primeira subida”, contou Kellen. Alessandro, emocionado, destacou o carinho pela Capital. “É bem bacana. Campo Grande é uma cidade que eu amo; é a Cidade Morena que eu amo”, afirmou. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte original: abrir