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Guto Ferreira, o técnico de futebol que veio do vôlei

19/10/2025 10:00 O Liberal - Política

Guto Ferreira foi atleta e virou técnico. Até aí, ele seria só mais um. Mas Augusto Sérgio Ferreira é exceção. Foi atleta sim, um dos melhores de Piracicaba/SP, mas no voleibol. Nas competições estudantis jogou também futsal e basquete. Aos 16 anos foi chamado para "quebrar um galho" como técnico da escolinha de futebol do Colégio Católico (Congregação Salesiana) onde estudava. Depois, técnico da escolinha do XV de Piracicaba e a construção de uma carreira gloriosa. 

Foi estudando futebol, métodos de treinamentos, liderança e tantas outras capacidades desenvolvidas que Guto Ferreira se inseriu e se firmou no mercado do futebol. Já chegou grande ao Remo e está numa trajetória que pode colocar seu nome na história do clube azulino, se conseguir levá-lo à Série A nacional. 

Futebol dos teóricos 

Com o diferencial de ter vindo do vôlei, Guto Ferreira é mais um técnico teórico em destaque no mercado do futebol. Claudio Coutinho, Carlos Alberto Parreira, Oswaldo de Oliveira, René Simões, Maurício Barbieri, Enderson Moreira, Péricles Chamusca, Julio Cesar Leal, Matheus Costa são nomes que se estabeleceram entre os técnicos sem terem sido jogadores. 

Guto está apenas confirmando no Remo um histórico vitorioso de quem já conduziu quatro clubes à Série A: Ponte Preta (2014), Bahia (2016), Internacional (2017) e Sport (2019). Trabalha para que o Remo seja quinto. 

BAIXINHAS

* Alguns técnicos se sentem diminuídos quando chamados de treinadores. Por que? É os que técnicos têm formação acadêmica e são preparados, com conhecimento, para liderar uma comissão multidisciplinar, de especialistas em ciência e tecnologia. Já os treinadores são profissionais mais dependentes do empirismo, ou seja, pautados pelo conhecimento prático. 

* Em geral, treinadores têm rejeição ao trabalho daqueles cuja importância minimizam, como é bem o caso dos psicólogos. Mas são muito hábeis na relação com os atletas, exemplos de Givanildo Oliveira, Valdir Espinosa, Joel Santana, Felipão, Renato Gaúcho e tantos outros 

* A soma dos dois perfis sempre será ideal, mas não determinante para sucesso ou fracasso. O valor de um técnico ou de um treinador pode estar nas figuras secundárias que os cercam, os auxiliares. Também por isso, treinadores são auxiliados por um filho, que acrescenta ao trabalho o conhecimento acadêmico e o domínio de tecnologia. 

* O domínio das ferramentas tecnológicas serve à inserção no mundo virtual, especialmente das redes sociais, pesquisas e exploração de material disponibilizado pelos analistas de desempenho. É trabalho que exige absoluta confiança. Nesse universo, estão nesse auxiliar (filho ou não) os olhos de quem toma as decisões.

* Não por acaso, os técnicos portugueses estão espalhados pelo mundo, muito presentes no Brasil. Portugal tem a melhor escola de técnicos de futebol do mundo, com ampla e profunda literatura do tema. Futebol em Portugal é estudado na Universidade. 

* No Brasil a literatura do futebol é básica. Só agora começa a avançar. Eduardo Barroca, técnico do CRB, e Wallace Reis, zagueiro ex-Flamengo, atualmente no Londrina, estão produzindo livros com seus estudos, experiências, reflexões e proposições. 

• Hoje, às 16 horas, Avaí x Criciúma; às 20:30, Goiás x Chapecoense. Jogos de grande interesse para os remistas. Amanhã, às 19 horas, Ferroviária x Paysandu, jogo de vida ou morte para o Papão, que precisa vencer em Araraquara para seguir lutando contra o rebaixamento. 

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