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Governo teme novas derrotas no Congresso e quer Senado como ponto de resistência

13/10/2025 11:58 G1 - Política

Depois da derrota na semana passada na MP que previa aumento de impostos, o presidente Lula teme novos revezes no Congresso e pretende transformar o Senado como ponto de resistência dentro do Legislativo.
Segundo líderes governistas, a situação do governo na Câmara dos Deputados é complicada e, por isso, a equipe de Lula precisa dar uma atenção especial ao Senado para ter a Casa como “ponto de resistência”.
“Ainda não tivemos tempo para reverter o clima ruim na Câmara, a situação ficou complicada com o Centrão aproveitando para tentar fragilizar o presidente na véspera do ano eleitoral. Por isso, é importante cuidar bem do Senado e transformá-lo num ponto de resistência”, diz um interlocutor do presidente Lula.
Governo busca alternativas para fechar contas de 2026 sem MP que aumentava impostos
Nesta semana, o governo passará por novo teste na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 em sessão do Congresso Nacional, que está agendada para quinta-feira (16).
Líderes do governo temem novas derrotas que irão engessar o governo na liberação de emendas parlamentares.
O Centrão quer criar um cronograma para liberar e pagar a maior parte destes recursos até junho, último prazo legal antes das eleições para promover liberação e pagamento de emendas.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)(c), entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasi-AP)(e), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos- PB), durante a cerimônia de assinatura da medida provisória da reforma do setor elétrico, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quarta-feira, 21 de maio de 2025. Pelas regras propostas, beneficiários da Nova Tarifa Social de Energia não vão pagar contas de luz com faixa de consumo de até 80 kWh. A mudança foi anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Além disso, o governo quer autorização legal para se contrapor à determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e ficar liberado para trabalhar com o teto da banda da meta fiscal, o que representa um déficit de 0,25% do PIB em 2026.
Segundo interlocutores de Lula, o governo corre o risco de ficar definitivamente sem maioria na Câmara dos Deputados e sofrer novas derrotas a partir de agora.
Diante deste cenário, interlocutores de Lula avaliam que ele deveria usar a indicação do substituto de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) para solidificar seu apoio no Senado.
Tal como na indicação de Flavio Dino, uma série de nomes estão circulando como possíveis candidatos a uma vaga no STF.
Agora, tudo se repete, mas dentro do Palácio do Planalto só dois nomes são tidos como realmente viáveis: os do advogado-geral da União, Jorge Messias, o preferido do PT; e o do senador Rodrigo Pacheco, apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ministros do Supremo como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Amigos de Lula sabem que seu coração bate por Messias, mas a realidade no Congresso, avaliam, deveria ser levada em conta para que o governo tenha pelo menos uma vida mais fácil no Senado.

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