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Gêmeos digitais e sensores podem evitar AVC e cegueira em 2026

20/10/2025 10:47 A Tarde - Política

A conexão entre dados captados por sensores e a forma como são analisados, modelados e trabalhados em gêmeos digitais podem ser ferramentas essenciais para prevenir o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a cegueira evitável. A aposta é da pesquisadora Suélia Fleury Rosa, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).De acordo com a especialista em engenharia biomédica e sênior Lecturer no Master of Engineering Program, Meinig School of Biomedical Engineering Cornell University, nos EUA, serão três os grandes avanços que devemos ter nessa área em 2026:Engenharia biomédica: algoritmos avançados apoiarão a análise de imagens médicas, planejarão tratamentos personalizados e automatizarão de tarefas clínicasGêmeos digitais: IA permitirá simulações precisas de órgãos ou sistemas humanos para testar terapias e prever desfechoSensores inteligentes: passarão a monitorar sinais vitais em tempo real e a ajustar intervenções de forma proativaComo os gêmeos digitais podem ser usados?Suélia explica que os gêmeos digitais - réplicas virtuais e dinâmicas de objetos, processos ou sistemas físicos para simular e monitorar seu comportamento - podem ser usados para simular órgãos específicos ou do corpo humano inteiro de uma pessoa. Além disso, eles devem se tornar mais complexos e capazes de prevenir mais doenças, seja por meio da sistematização de dados que permite enxergar padrões, picos de incidência, zonas de alerta e proximidade com risco de vida, ou pela criação de novos dispositivos e tecnologias como tecidos sintéticos.


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“É uma pirâmide. À medida que evoluem a qualidade e a diversidade dos sensores, e quanto mais precisos se tornam os dados fisiológicos e clínicos que eles nos fornecem, mais realistas e preditivos passam a ser os modelos e projeções gerados pelos gêmeos digitais. Isso se traduz em resultados cada vez mais complexos, integrados e eficazes para a engenharia biomédica”, diz.A pesquisadora dá um exemplo concreto de tecnologia desenvolvida no Brasil que ajuda a minimizar amputações. O dispositivo Rapha, desenvolvido na UnB, que usa o látex da seringueira Hevea brasiliensis, fortalece a ciência comprometida com a sustentabilidade. Em sua fabricação, passou por toda pesquisa translacional (da ideia até ensaios clínicos) que vai agora para avaliação da Anvisa antes de estar disponível para ser incorporado no SUS e no mercado.Ablação cardiaca por radiofrequênciaDe acordo com a especialista foi criada uma barreira protetora que reduz significativamente a transmissão de calor para o esôfago, prevenindo queimaduras, hemorragias e complicações fatais, ao mesmo tempo em que garante a eficácia terapêutica da ablação, que é um procedimento em que a energia térmica é utilizada para cauterizar áreas do coração responsáveis por arritmias. Contudo, devido à proximidade anatômica entre o átrio esquerdo e o esôfago, há risco de lesão térmica esofágica, que pode evoluir para fístula át

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