
Festival Sangue Novo reúne Duda Beat, Nação Zumbi e Linn da Quebrada
O Festival Sangue Novo chega à sua sétima edição neste fim de semana, sábado, 18, e domingo, 19, no Trapiche Barnabé, aqui em Salvador, com uma programação que celebra a diversidade e a potência da música brasileira contemporânea. Ao longo de dois dias, o evento reúne nomes consagrados e novas vozes da cena nacional.Se apresentam neste sábado artistas como Yvson, às 16h30. A abertura será por conta dele, dando início à maratona musical. Depois do primeiro intervalo, Catto sobe ao palco às 17h40, seguido pela banda 5 a Seco, às 19h10. A cantora Larissa Luz se apresenta às 20h40, levando sua força cênica e vocal para o Trapiche. O encerramento da noite será com a lendária Nação Zumbi, às 22h, em um dos momentos mais esperados do festival no sábado.Quem começa o show no domingo é a cantora Linn da Quebrada. O show dela começa às 16h30, seguida pela rapper baiana Duquesa, às 17h50. Logo depois, o rapper Don L assume o palco às 19h20, e a noite termina em clima de celebração com o show da pernambucana Duda Beat, às 21h, encerrando o festival com o pop afetivo que conquistou o público em todo o país. As informações sobre a ordem das apresentações foram fornecidas pela organização do evento.Para receber todas essas atrações, o evento terá dois palcos: o Palco TIM, que recebe os shows principais, e o Palco Maraé, dedicado a outros artistas e DJs baianos. Segundo Fernanda Bezerra, produtora cultural e curadora do evento, a proposta do festival é dar visibilidade a quem movimenta a cena local e dialoga com diferentes circuitos culturais pelo país.Ela destaca que o festival sempre foi um espaço democrático e de celebração da diversidade. “O público pode esperar um festival diverso, com oito horas de música por dia, que traz shows inéditos e uma programação que reflete a música contemporânea brasileira”, disse. Nesta edição, ela ressalta o equilíbrio entre artistas consagrados e novos nomes: “Temos a Nação Zumbi, que há trinta anos renova a música brasileira, e artistas como Duquesa, Linn da Quebrada e Duda Beat, que representam as urgências do nosso tempo. São artistas necessárias”, complementa.De acordo com Fernanda, a escolha dos nomes segue três linhas principais: circulação dos artistas, diversidade nos palcos e diversidade de sonoridades. “Buscamos turnês inéditas em Salvador, como a do 5 a Seco, que celebra dez anos de carreira, e o novo disco de Don L. O Sangue Novo é pensado para conectar diferentes sonoridades”, explica.O rapper chegouO rapper carioca Don L, 44, é um dos destaques do festival no domingo. Ele sobe ao palco com o show de lançamento de Caro Vapor II — Qual a forma de pagamento?, trabalho que consolida sua trajetória como um dos nomes mais propositivos do rap nacional.“Estou muito feliz de poder apresentar esse show para o público de Salvador, que foi um dos primeiros lugares fora da minha cidade a abraçar meu trabalho. Lá no começo, quando eu era só um rapper nordestino tentando fazer meu nome num cenário dominado por artistas do Sudeste, Salvador me acolheu. Agora volto com novos fãs e outros que vão me ver pela primeira vez. Quero que seja inesquecível para todos”, disse o artista.Sobre o novo álbum, o rapper destaca o desejo de avançar estética e conceitualmente e diz que cada novo trabalho é o mais ambicioso. “Acho que sempre meu último trabalho é meu trabalho mais ambicioso, porque eu sou um cara ambicioso, mesmo. É o que me move como artista: fazer algo novo, algo que eu queria ouvir e ninguém fez, que fale do meu tempo e seus dilemas, que me ajude a calibrar a bússola para navegar nessa maré doida que é o mundo que a gente vive em 2025, e tirar uma onda, fazer valer o vapor. Acho que representa, na minha carreira, uma consolidação dentro da música brasileira e não só do rap. E, na música mundial, algo que não é mais o rap cantado em nossa língua, é um outro rap, nosso. Já não era faz tempo o deles, mas agora foi pra não deixar nenhuma dúvida”, salienta.Para o artista, o Sangue Novo simboliza também uma conquista coletiva. “Quando a gente começou lá no Costa a Costa, de Fortaleza, querendo ganhar o mundo, éramos considerados terceira divisão, fora do jogo, fora dos festivais, fora das possibilidades mesmo de viver da arte que a gente fazia. A gente colava em Salvador e fazia nossas conexões com a rapaziada que tava na rua também, no corre, querendo contar suas próprias histórias, tão parecidas com as nossas, querendo reescrever sua própria história, que é a nossa verdadeira história, que olha pro futuro como se caravanas pudessem andar de ré. Porque elas podem. Sangue Novo é um bom nome pra caravanas dando ré e nosso sangue novo em festa”, reflete.
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