
Família de Campo Grande transforma dor em esperança com doação de órgãos
Uma família de Campo Grande transformou a dor da perda em esperança de vida para alguns brasileiros que aguardavam na fila de doação de órgãos. A captação dos órgãos de uma paciente de 42 anos, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), foi realizada neste sábado (11), no HUMAP (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Foram captados o fígado e as duas córneas, que permanecerão em Campo Grande. Um dos rins será enviado para São Paulo e o outro para o Pará, podendo beneficiar seis pessoas que aguardavam na fila de espera. O protocolo de morte encefálica foi iniciado na tarde de quinta-feira (9) e concluído na manhã de sexta-feira (10). Após a confirmação, a entrevista familiar foi conduzida por um enfermeiro da OPO (Organização de Procura de Órgãos), com apoio de uma enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante e de uma assistente social, que acolheram os familiares e os auxiliaram na decisão de doar. Durante a madrugada, a paciente passou por exames laboratoriais e de imagem para avaliar a viabilidade dos órgãos, sorologias e compatibilidades. A cirurgia de retirada começou às 8h30 deste sábado, liderada por um cirurgião especialista em transplante de fígado do Hospital do Pênfigo, junto com sua equipe, responsável também pela captação dos rins. As córneas foram retiradas pela equipe do Banco de Olhos da Santa Casa, com participação da OPO, sob supervisão do Dr. Sérgio Moreira. “A dor da perda é imensurável, mas quando transformada em solidariedade, se torna esperança para outras famílias. Esse gesto da família da nossa paciente mostra o poder do amor ao próximo”, afirmou a superintendente Dra. Andrea Lindenberg. O coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Guilherme Henrique de Paiva Fernandes, destacou o impacto profundo da doação de órgãos na vida de outras pessoas: “Este é um exemplo de como a dor da perda pode se transformar em um ato de amor. A família teve coragem de tomar uma decisão difícil, mas que trouxe esperança e novos horizontes para quem espera por um transplante. Nosso papel é garantir que cada etapa seja conduzida com respeito, técnica e empatia, para que vidas sejam salvas e famílias possam ter um novo começo.” Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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