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Exposição transforma canções de Luiz Gonzaga em arte no Pelourinho

14/10/2025 17:35 A Tarde - Política

Outubro é tempo de celebrar a nordestinidade. No último dia 8, por exemplo, foi comemorado o Dia do Nordestino. Uma gente considerada forte, valente, resiliente e, sobretudo, resistente.Além disso, o Nordeste, no campo das artes, desde sempre tem nos presenteado com artistas ilustres como o compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989), nosso eterno Rei do Baião, ícone da música brasileira, sobretudo por ter disseminado ritmos como baião, xote e xaxado pelo País inteiro.Para festejar ainda mais esta região brasileira tão rica culturalmente, Salvador ganhou uma exposição inspirada nas composições de Gonzagão. Sertão de Fé - A Fé Sertaneja nas Canções de Luiz Gonzaga reúne gravuras produzidas pelo artista plástico e músico soteropolitano Bi Morais, 40, e fica em cartaz até o próximo dia 04 de novembro no Espaço Uno (Rua da Ordem Terceira, 1, Pelourinho).A ideia é ilustrar a fé obstinada do povo nordestino presente em inúmeras canções de Gonzagão. “Mostrando as agruras do povo sertanejo, nossa fé e a nossa festa presentes em canções como Festa de Santo Antônio, Baião da garoa, que tratam a fé de forma festiva”, detalha Morais.Unindo ilustrações acompanhadas por textos em cordel criados pelo músico pernambucano Rodrigo Chianca, a mostra exibe 14 obras, divididas entre gravuras feitas em serigrafia e poemas visuais ilustrados e produzidos em arte digital, além de livretos em cordel.



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Memória afetiva


































































|  Foto: Divulgação









Inspiradas no traço das xilogravuras, as gravuras – através do auxílio luxuoso do cordel – narram histórias e causos relativos à religiosidade popular, dando à mostra um caráter multiartístico.Como forrozeiro e pesquisador de música brasileira, Bi Morais confidencia que foi extremamente natural se inspirar no Rei do Baião para idealizar a mostra. “Tenho um grande acervo de LPs da nossa música, e em especial, de Luiz Gonzaga. Além disso, sou filho de um sertanejo, da cidade de Xique-Xique, aqui na Bahia, onde vivi os momentos mais felizes da minha infância e adolescência”.“E durante a pandemia, eu aproveitei ao máximo o fato de estar em reclusão para me desafiar, estudar música e, nas artes plásticas, criar um novo traço, baseado na cultura popular nordestina, vista e vivida por mim, através dos discos, dos livros de Ariano Suassuna, das xilogravuras de artistas que admiro e de tantas viagens que fiz e faço por esse Nordeste e, principalmente, nas minhas memórias afetivas do sertão baiano”, alinhava.Subversão do cordel






























































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