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Encenação baseada em Ariano Suassuna estreia amanhã

15/10/2025 22:30 A Tarde - Política

O mais novo e inédito experimento cênico do Núcleo de Teatro e Artes integradas do Barracão das Artes, baseado na obra do grande escritor paraibano Ariano Suassuna, (1927-2014), estreia amanhã, às 19h, no Teatro Gregório de Mattos (Praça Castro Alves).Ariano Brasa Brasileiro tem roteiro e direção de Fábio Viana e é uma leitura livre da História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão - livro I e livro II -, obra literária que funde erudito e popular e foi relançada após a morte de Suassuna.Fábio diz que o propósito da montagem – que só deve estrear como espetáculo em 2026 – é reforçar a importância do escritor paraibano, através de sua vasta obra literária, para a afirmação de nossa brasilidade. Ele garante que o público verá em cena um rito cênico poético-musical.“Este experimento é uma tragicomédia que tem como figura principal Quaderna, um personagem interessantíssimo, que considero uma espécie de alter ego do Suassuna. Ele é um poeta, palhaço, pensador, que narra as situações através de um diálogo que une ficção, imaginação, fantasia e realidade”, detalha Fábio.A montagem segue a estrutura do teatro físico e poético que valoriza, em sua essência, as duas máscaras simbólicas do teatro: a tragédia e a comédia. No palco, o sertão nordestino brasileiro se transforma em um espaço atemporal onde figuras míticas ganham voz e corpo.



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Tendo como base a leitura dos dois livros de Suassuna, o diretor elaborou as improvisações com o intuito de criar um espetáculo onde o teatro possa interagir e dialogar com a dança, as artes circenses, a música e o canto.Além das influências do escritor paraibano, a linguagem cênica também foi inspirada pela música nordestina instrumental – como o Movimento Armorial –, o Cordel do Fogo Encantado, Chico Science e Nação Zumbi, a música de Villa Lobos, o cinema de Glauber Rocha, a poesia de João Cabral de Melo Neto, a dramaturgia do francês Antonin Artaud, o teatro de Stanislavsky, os sons afro-percussivos, dentre outros artistas e criadores.Imaginário popularFábio informa que são mais de 15 atores no elenco, vivendo inúmeros personagens e o coro. “Eles entram em cena, saem, retornam com diversas personas, interpretando situações diferentes e variadas ao longo da encenação”.“O coro abre o rito, metamorfoseando-se em animais, valorizando e ressaltando a importância da fauna, da flora nordestina e seus aspectos poéticos. E retorna no final”, complementa o diretor.Para o ator Iraquitan Sant’anna, que interpreta o Quaderna Rei Palhaço, o espetáculo quer reacender a chama que o mundo tenta apagar. “Mais do que contar uma história, a gente quer invocar o espírito criador do Brasil, esse país que ri da própria dor e transforma miséria em música, opressão em dança e sonho em sobrevivência”.“O meu Quaderna carrega no corpo o sagrado e o profano, a gargalhada e o grito. Ele reina no deserto com a coroa feita de barro e faz do teatro o seu trono. Ele é o arquétipo do artista brasileiro: aquele que sonha e res

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