Empresas iniciam instalação dos novos radares em 212 pontos de Campo Grande
Novos radares começaram a ser instalados nas ruas de Campo Grande, em mais uma fase de renovação do contrato entre Prefeitura e Consórcio CG Segura. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) explica que os equipamentos são colocados nas 212 faixas destinadas ao monitoramento do tráfego, conforme o cronograma e o prazo definidos em contrato com a empresa responsável. De acordo com a agência, antes de entrarem em operação, haverá um período educativo de 15 dias, durante o qual os motoristas não serão multados. Somente após esse prazo as autuações começarão a ser registradas. Em setembro, todos os equipamentos antigos foram retirados, como parte do processo de transição para o novo contrato de fiscalização eletrônica, que já está em andamento. O novo contrato dos radares vale por 2 anos, mas com possibilidade de chegar a 1 década, no valor de R$ 47,9 milhões. O consórcio é composto pelas empresas Serget Mobilidade Viária Ltda, Mobilis Tecnologia S/A, Meng Engenharia Comércio e Indústria Ltda e Energy Tecnologia de Automação S/A. Para o balconista Rodinei Sena, de 51 anos, a presença dos radares é positiva e necessária. Ele considera que os equipamentos ajudam na fiscalização, principalmente em locais com grande circulação de crianças, como nas proximidades de escolas. Sena trabalha em uma empresa na Avenida Vereador Thirson de Almeida (Avenida Norte-Sul), no bairro Guanandi, via que é bastante movimentada e disse que o local recebeu um novo radar na semana passada. Rodinei observa, no entanto, que muitos motoristas continuam a desrespeitar a sinalização e as faixas de pedestre, dirigem em alta velocidade e colocam vidas em risco. Segundo ele, a educação no trânsito ainda é deficiente e os radares cumprem um papel importante ao inibir comportamentos perigosos. A opinião de Rodinei é compartilhada pelo motociclista Charles Alberto Benítez dos Santos, de 49 anos, mas ele acredita que alguns pontos de instalação poderiam ser revistos. Ele cita que, em ruas escuras, motoristas e motociclistas ficam mais vulneráveis a assaltos quando param em semáforos. Charles defende que os equipamentos sejam priorizados em avenidas e saídas de bairros, onde há maior risco de excesso de velocidade, e que sejam menos concentrados na região central. Para ele, a fiscalização precisa ser mais rigorosa, já que muitos condutores ainda ultrapassam o limite de velocidade inclusive dentro dos bairros. Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura reforça que o objetivo principal dos radares é favorecer a conscientização e o respeito aos limites de velocidade nas vias. A troca de equipamentos ocorre após o encerramento do contrato anterior, firmado em 2018 com o Consórcio Cidade Morena, liderado pela Perkons S.A., o qual perdeu a vigência em setembro de 2024. Desde então, a cidade ficou com o sistema em operação irregular, o que levou à suspensão judicial de 196 mil multas aplicadas entre 2024 e 2025, decisão posteriormente revista pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que restabeleceu a validade das autuações, mas manteve bloqueados os pagamentos de mais de R$ 5 milhões ao consórcio anterior. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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