Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Elas no teatro: 3 espetáculos que mostram a arte feita por mulheres

05/11/2025 16:02 A Tarde - Política

Não é raro que as histórias do teatro comecem antes do palco, na vida. Às vezes, elas começam no quartinho apertado onde uma diarista aprende a resistir, no terreiro de samba onde três gerações de mulheres negras sustentam a cultura com o corpo, na sala onde meninas descobrem que podem reescrever a história do Brasil. É desse impulso, o de transformar diferentes vivências femininas em cena, que nasce a mostra Elas (En) Cena.



Leia Também:

















Cidade na Bahia terá festival com música, esportes e arte




















Milton Nascimento ainda não sabe sobre morte do amigo Lô Borges




















Festival internacional com shows gratuitos ocupa Salvador por 5 dias









A mostra acontece de sexta-feira, 7, a domingo, 9, no Teatro Módulo, reunindo espetáculos criados e protagonizados por mulheres. Idealizado pela Bole Bole Produções, o projeto celebra diferentes trajetórias, territórios e formas de existência feminina, reconhecendo o teatro como espaço de resistência, memória e futuro.Nos três dias da mostra, o público poderá conferir os espetáculos Inferno, Santana e Meninas Contam a Independência, seguidos de bate-papos mediados pela atriz Cássia Valle, que conduzirá uma conversa sobre “o valor e a potência do trabalho feminino na produção artístico-cultural baiana e brasileira”.“A mostra nasce do desejo de reunir e celebrar a presença de mulheres em todas as instâncias da cena, não apenas no palco, onde a visibilidade é maior, mas também na coxia, na escrita, na direção, na produção e na técnica. Queremos evidenciar nosso poder e nossa capacidade de fazer girar essa engrenagem que é o fazer teatral e o fazer cultural”, afirma Vadinha Moura, gestora do Teatro Módulo e idealizadora do projeto.A mostra nasce com intenção declarada de deslocamento. “Com a mostra Elas (En)Cena, queremos provocar, no melhor sentido da palavra. Provocar reflexão, movimento, identificação. Fazer sentir, reconhecer-se, emocionar-se”, diz Vadinha.A curadoria selecionou três espetáculos com perspectivas diversas, identidades negras, luta contra a invisibilidade e formação de consciência crítica. “Buscamos obras artisticamente potentes e com perspectivas plurais. Selecionamos três espetáculos que dialogam entre si, mas vêm de diferentes gerações, territórios e estéticas”, observa.Mais do que reunir obras, a mostra afirma um gesto político: colocar mulheres em todas as etapas do processo criativo. “Não há uma experiência feminina única, há muitas vozes, histórias e camadas. Reconhecê-las e colocá-las em cena é ampliar repertórios, afirmar pertencimentos e celebrar quem constrói, com sensibilidade e potência, a cultura e o teatro que fazemos”.‘Inferno’A abertura da mostra é com Inferno, monólogo protagonizado por Ana Paula Bouzas. Em cena, uma diarista transforma o quartinho de empregada em trincheira de denúncia. O espetáculo trata da invisibilidade das trabalhadoras domésticas, revelando a violência por trás do que historicamente foi romantizado como “serviço de casa”.O espetáculo estreou em 2019 no Sesc Copacabana (RJ) e já integrou festivais como o Festival de Curitiba e o Festto (MG). É o sexto solo da atriz, bailarina e coreógrafa premiada pela APTR (RJ) e reconhecida por sua atuação em Marighe

Fonte original: abrir