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Dizer não às visitas: saiba o que a psicologia diz para quem prefere ficar sozinho em casa

17/10/2025 07:02 O Globo - Rio/Política RJ

Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, a preferência por não receber visitas em casa, longe de ser um sinal negativo, é interpretada pela psicologia como uma manifestação legítima de autocuidado emocional. Para muitas pessoas, o lar transcende sua função física e se torna um refúgio íntimo e pessoal, um espaço vital onde podem recarregar as baterias e proteger seu bem-estar. Portanto, essa necessidade de isolamento não implica necessariamente rejeição aos outros, mas sim uma estratégia consciente e válida para manter o equilíbrio mental.
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Perspectivas psicológicas
De uma perspectiva psicológica, essa preferência pode ter diversas origens. Primeiro, está associada à introversão, um estilo de personalidade mais reservado. Indivíduos com essas características recarregam as energias quando estão sozinhos ou em silêncio, pois a interação social prolongada pode ser exaustiva.
Segundo, pode ser uma forma de proteção emocional. Abrir a própria casa para os outros é, muitas vezes, percebido como abrir o próprio mundo interior. Quando há falta de energia ou exaustão emocional, essa exposição pode gerar desconforto e vulnerabilidade, tornando mais saudável se proteger de estímulos indesejados.
Um terceiro fator é o esgotamento social ou o estresse acumulado. Após dias de trabalho ou atividades com alta demanda interpessoal, o que muitas pessoas buscam é paz e tranquilidade. Nesse contexto, evitar visitas torna-se um ato de autocuidado, pois reconhece e respeita os próprios limites. Como aponta a especialista Marian Rojas, dizer "não" às visitas não é egoísmo, mas uma decisão baseada na sabedoria emocional, priorizando saúde mental e bem-estar pessoal.
Estratégias para lidar com a preferência
Para lidar com essa necessidade sem culpa ou isolamento excessivo, especialistas sugerem estratégias práticas. É crucial comunicar limites de forma clara e honesta, explicando quando você está aberto a visitas e quando não é o momento certo. Também é recomendável estabelecer horários de recuperação social, planejando encontros fora de casa quando houver energia suficiente. Criar rituais de calma no lar, como reservar espaços físicos ou atividades específicas, ajuda a manter sensação de controle e conforto.
Além disso, é importante refletir sobre quais aspectos das visitas causam desconforto, seja falta de privacidade, aviso prévio insuficiente ou a percepção de obrigação. Se a culpa for constante, a tristeza persistir ou o isolamento prejudicar a vida cotidiana e os relacionamentos, buscar ajuda profissional é fundamental para encontrar equilíbrio emocional.
O valor do tempo sozinho
Ficar sozinho em casa quando a "bateria social" está esgotada é uma maneira saudável de recarregar a energia emocional e mental. A interação constante, mesmo que agradável, pode causar fadiga. Reservar momentos de solitude permite processar emoções, aliviar o estresse e se reconectar com os outros a partir de um estado mais calmo e autêntico. Caso o comportamento se torne extremo ou prejudicial, a orientação de um profissional pode evitar danos maiores.

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