 
        Depressão e música: este filme expõe o verdadeiro Bruce Springsteen
No texto de 2019 publicado no Caderno 2 de A TARDE sobre Western Stars, mescla de documentário intimista e performance ao vivo de Bruce Springsteen que chegou aos cinemas em dezembro daquele ano, era citada uma introspecção oferecida pelo filme que nos convidava a conhecer parte da sombra que a depressão representou (e ainda representa se houver um descuido) na vida do músico de Nova Jersey. Intimista e sincero, o doc Western Stars era sobre uma consciência da vida em sua completude. Era sobre uma reflexão acerca de erros cometidos nessa trajetória e sobre a necessidade/capacidade de se perdoar no que tange a tais erros. Mas, sobretudo, aquela obra era sobre envelhecer com uma consciência tranquila e uma serenidade que pudesse lhe conceder paz. Independente dos percalços que aquela sua trajetória lhe trouxe, o filme narrado por Bruce Springsteen oferecia uma reflexão sobre a condição humana em seus tormentos mentais e sobre como sobressair-se disso com poucas cicatrizes. O documentário, em sua essência e distante aqui de qualquer romantismo idealizado e raso, trazia uma análise de uma redenção intima e uma reflexão sobre como chegar a uma fase madura da vida em paz consigo mesmo. E isso era feito de forma desnuda. Com um homem de então 70 anos abraçando a terceira idade e a clareza que a velhice lhe trazia em relação ao anos da aurora da vida e de tormento mental.
			
            
    
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			SINCERIDADE E ENTREGASpringsteen - Salve-me do Desconhecido, ficção que aborda uma dessas conturbadas fases do músico, bem como a criação de uma suas obras mais intimistas e brilhantes, o assombroso disco Nebraska, lançado em 1982, segue um caminho parecido, mas focando em um jovem Bruce que ainda cruzará caminhos ásperos até chegar à serenidade da velhice. Tal percurso se assemelha ao do documentário citado em termos de uma abordagem que desmitifica a figura do artista e o desmistifica ao evidenciar seu próprio reconhecimento de suas fragilidades mentais, inseguranças e sua compreensão e luta, inicialmente solitária, contra a depressão que o afligia.Na pele de Bruce, o jovem Jeremy Allen White, notório pela série The Bear, encarna os trejeitos do cantor sem necessariamente imitá-lo de maneira caricata, uma armadilha que seria fácil de se cair. Mantendo sua própria voz naturalmente rouca ao reencarnar em conversas o jovem Springsteen com trinta anos de idade, Allen, porém, se transforma no palco, tornando-se o próprio músico de Freehold, Nova Jersey. E é curioso observar o cuidado do ator em parecer mais rouco que o normal nas cenas que acontecem imediatamente após os shows, denotando exatamente o desgaste da voz de Bruce após as horas no palco. 
			
            
 
    
    
     
        
    
    
    
    
        
       
 
  
	
	
		
			
			
				
					
						
				
			
            
			
				
				
				
			
		
			
				
					
						Filme sobre Bruce Springsteen
					
				
				
					
						|  Foto: Divulgação
		
Fonte original: abrir
 
                 
                 
                 
                 
                 
                