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De hábitos familiares a tarefas domésticas: como reagir a elogios de sua sogra que parecem ataques

17/10/2025 07:02 O Globo - Rio/Política RJ

Quando me despeço da minha sogra, ela frequentemente me envolve em abraços longos, que costumam durar mais de 15 segundos. Durante esses momentos, ela faz elogios que, embora provavelmente bem-intencionados, eu interpreto como críticas: agradece por eu ser uma boa cozinheira para meu marido ou por manter nossa casa tão limpa.
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Meu marido e eu somos profissionais liberais e dividimos as tarefas domésticas igualmente. Tenho orgulho disso. Ele explica que os comentários da mãe são apenas uma forma dela tentar se conectar comigo. Mas existe uma maneira de evitar os abraços indesejados? É aí que surgem os chamados elogios.
Nora: Quinze segundos de abraço é mais do que eu gostaria de permanecer com a maioria das pessoas. Parece que você está evitando uma questão maior: os elogios da sua sogra, embora sinceros, não refletem seus valores. Evitar os abraços não resolve isso. Por que não conversar abertamente? A experiência de vida dela pode ser diferente da sua, e isso não é uma crítica.
Para o abraço indesejado: da próxima vez que ela se aproximar, segure cada uma das mãos dela mantendo-as à distância, estabeleça contato visual e sorria calorosamente. Amigável, mas sem abraços! Essa rotina pode ser repetida sempre que necessário.
Quanto aos comentários, explique que reconhece os elogios sobre cozinha e limpeza, mas acrescente: “Não faço esse trabalho sozinha. Seu filho e eu dividimos igualmente. Isso me dá tempo para minha carreira e é algo que valorizo em nosso casamento.” A princípio, ela pode não compreender, mas a conversa abre espaço para reformular o relacionamento.
O ápice da frustração
Somos uma família de cinco pessoas altas: dois adultos e três adolescentes, todos com mais de 1,80 m. Frequentemente, recebemos observações de amigos e estranhos sobre nossa altura. Até recentemente, deixávamos passar.
No entanto, neste verão, nossa filha de 14 anos desenvolveu um transtorno alimentar. A lembrança constante de que é observada e julgada não tem feito bem. Como conter comentários diários sem revelar seu problema?
Mãe: Há 17 anos, aconselho leitores: comentários sobre aparência alheia são imprudentes. Não sabemos como afetarão a pessoa. Mesmo supostos elogios, como “Que pernas longas!”, podem gerar inseguranças. Muitos leitores resistem a essa ideia, acreditando que têm direito a elogiar ou demonstrar curiosidade.
Você provavelmente não vai impedir essas pessoas. Uma resposta possível é: “Adolescentes têm vergonha da própria aparência. Todos nós temos! Aposto que consegue encontrar algo melhor para conversar.” Pode ser útil em outras famílias também.
Você pode dormir amanhã
Recentemente, organizei a festa de aniversário do meu marido, enviando os convites com dez dias de antecedência. Uma hora antes, dois amigos dele ligaram dizendo que não iriam por estarem de ressaca. Fui ríspida, pois não considerei um motivo válido para faltar. Eles acabaram vindo depois, percebendo minha irritação. Exagerei?
Esposa: Talvez. Mas, se eu tivesse atendido a ligação com gentileza, teria fingido estar tudo bem, embora estivesse irritada. Ao ser direta, você foi honesta e protegeu os sentimentos do marido. Um pouco de firmeza, nesse caso, funcionou.
O casal está registrado no caixa eletrônico mais próximo
Uma prima distante vai se casar e, embora eu não esperasse convite, recebi algo que parecia uma solicitação de presentes em dinheiro. Fiquei chocada. Preocupo-me que, se não enviar nada, haja tensão.
Primo: Pergunte-se: está preocupada com a tensão ou busca validação para seu choque? “Não” é uma boa resposta para muitas situações. Seja generosa: envie um cartão de felicitações. Considere o pedido de presente um equívoco da prima — todos cometemos erros.

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