
Como Textor e Eagle viram decisão da Justiça e por que ela ameaça ainda mais poder do americano no Botafogo
Com a decisão da Justiça do Rio de anular as mudanças na composição da diretoria e do conselho da SAF Botafogo feitas em julho sem o aval da Eagle, o americano tem seu poder ainda mais ameaçado.
Na visão da Eagle, que obteve vitória parcial na ação, a determinação de que Textor siga no comando da SAF até o julgamento por um processo de arbitragem o enfraquece ainda mais.
Explica-se: representantes da empresa veem poucas chances de Textor vencer com seus argumentos diante de um tribunal independente como o da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Para a Eagle, o empresário se mostra cada vez menos relevante na operação do Botafogo, pois com o passar do tempo fica claro que Textor não tem dinheiro para seguir com o plano de salvar a SAF.
Desta forma, a decisão da Justiça abriria brecha para novas ações, tanto da Eagle, como da própria SAF e do clube social - este último já alinha possíveis alternativas com sócios minoritários da holding.
Na sentença, o juiz registrou que tanto a SAF Botafogo quanto o clube associativo concordaram com a anulação dos atos de 17 de julho, o que reforçou a decisão judicial.
O blog apurou também que Textor recebeu a decisão com certa surpresa e avalia o cenário. Em princípio, o americano ainda sustenta que ninguém estava tentando retirá-lo do poder pois ele não pode removido, como dono de 90% das ações, e pelos termos da governança da Eagle.
Desta forma, a decisão seria apenas um direcionamento sobre a autoridade do empresário agir ou não em nome da empresa. Textor ainda se vê soberano para tomar as decisões sobre o Botafogo.
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