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Chefe da ONU pede investigação sobre mortes em operação no Rio

30/10/2025 01:01 Imirante - Política

<p>[media :type="fotolegenda" :ref="806366" :title="Rio de Janeiro (RJ), 28 de outubro de 2025 – Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. / Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil." /]</p><p><strong>MUNDO -</strong> O secretário-geral da <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://news.un.org/pt/">Organização das Nações Unidas (ONU)</a>, António Guterres, manifestou “profunda preocupação” com o número de vítimas da<a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://imirante.com/noticias/brasil/2025/10/28/megaoperacao-no-rio-de-janeiro-tem-64-mortos-e-81-presos"> Operação Contenção, deflagrada nesta terça-feira (28) nas favelas da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro</a>. Segundo o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, Guterres pediu uma investigação imediata e a garantia de que qualquer ação policial siga as normas internacionais de direitos humanos.</p><p>“Posso afirmar que o secretário-geral está profundamente preocupado com o grande número de vítimas durante a operação policial realizada ontem nas favelas do Rio de Janeiro”, afirmou Dujarric, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29).</p><p>[media :type="fotolegenda" :ref="647943" :title="Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres." /]</p><p>O governo do Rio informou que 119 pessoas morreram durante a ação, que mobilizou forças estaduais e federais. O Ministério Público do Estado (MPRJ) acompanha os desdobramentos e a legalidade das medidas, em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impõe restrições às operações em comunidades.</p><p>A operação tem sido denunciada por familiares das vítimas, organizações da sociedade civil e pela Anistia Internacional, que classificaram o episódio como massacre e cobraram respostas do Estado.</p><p>A Anistia afirmou que o alto número de mortes é “inaceitável” e pediu uma apuração independente e célere para garantir justiça e reparação. Entidades locais também denunciaram que moradores ficaram presos dentro de casa, sem acesso a transporte, escolas ou unidades de saúde durante a incursão.</p><p>Especialistas ouvidos pela Agência Brasil classificaram a Operação Contenção como uma das mais letais da história recente do país e afirmaram que a população ficou “na linha de tiro”. Para eles, o uso massivo da força expõe a persistência de estratégias que resultam em mortes em larga escala e impactam, sobretudo, moradores de territórios vulneráveis.</p><p>O governo fluminense justificou a ação como resposta a ataques de grupos armados e disse que atua para restabelecer a segurança pública. A Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que as forças policiais foram recebidas a tiros nas comunidades.</p>

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