Estudo do BNDES e Governo Federal prevê R$ 5,4 bilhões em obras para ampliar mobilidade em São Luís
<p><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://imirante.com/sao-luis"><strong>SÃO LUÍS</strong></a> - O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades, definiu projetos para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) em São Luís (MA).</p><p>Na região metropolitana da capital maranhense, o estudo prevê a implantação de 7 km de corredores de ônibus e 46 km de linhas de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou Bus Rapid Transit (BRT). A escolha da tecnologia será feita em etapas seguintes, após a realização de estudos detalhados. O investimento estimado para os projetos é de até R$ 5,4 bilhões.</p><h3>Impactos e benefícios locais da mobilidade em São Luís</h3><p>Com a implementação dos projetos de mobilidade em São Luís, a capital deve registrar uma redução de cerca de 150 mortes no trânsito até 2054. A capital também deve evitar a emissão de 49,8 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) por ano.</p><p>O estudo aponta ainda uma redução de 12% no custo operacional por viagem, resultado da maior eficiência dos sistemas de transporte de média e alta capacidade. Outro benefício é a diminuição no tempo médio de deslocamento na cidade, com impacto econômico estimado em R$ 4,6 bilhões.</p><p>Entre os projetos previstos estão os corredores de ônibus Cidade Operária–Terminal São Cristóvão e Estrada de Ribamar.</p><p>O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o estudo contribui para a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana sustentável e de longo prazo.</p><p>“O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras, com um transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro”, afirmou Mercadante.</p><p>O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que os projetos reforçam o compromisso do país com a sustentabilidade, a mobilidade e a inclusão social.</p><p>“Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas, para que os centros urbanos se tornem mais resilientes, com menos poluição e deslocamentos mais rápidos e seguros”, disse o ministro.</p><p><strong>A íntegra do estudo pode ser acessada </strong><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://www.bndes.gov.br/wps/wcm/connect/site/44703ff5-7588-4087-a7b7-d1cbd907ef01/ENMU+Boletim+Informativo+5+vf.pdf?MOD=AJPERES&amp;CVID=pEIn1ov"><strong>AQUI</strong></a><strong>.</strong></p><h3>Panorama nacional</h3><p>O ENMU definiu 187 projetos de transporte público coletivo de média e alta capacidade em 21 regiões metropolitanas brasileiras. O investimento total estimado é de R$ 430 bilhões, sendo R$ 230 bilhões em metrôs, R$ 31 bilhões em trens, até R$ 105 bilhões em VLTs, até R$ 80 bilhões em BRTs e R$ 3,4 bilhões em corredores exclusivos de ônibus.</p><p>Os projetos devem ser implementados com diferentes modelos de financiamento, incluindo concessões e parcerias com o setor privado.</p><h3>Redução de mortes e emissões de CO₂</h3><p>A implantação de todos os projetos previstos no ENMU deve evitar cerca de 8 mil mortes em acidentes de trânsito até 2054 nas 21 regiões metropolitanas. Também é estimada a redução anual de 3,1 milhões de toneladas de CO₂ — o equivalente à absorção de carbono de uma área de floresta amazônica de 6.200 km², cinco vezes o tamanho do município do Rio de Janeiro.</p><p>Além disso, o estudo prevê uma redução média de 10% no custo da mobilidade urbana e maior acesso da população a empregos, escolas, hospitais e áreas de lazer. O impacto econômico total estimado é superior a R$ 200 bilhões.</p><p>As regiões metropolitanas incluídas no estudo são: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.</p>
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