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Castro chega ao seu maior índice de aprovação após operação mais letal da história do Brasil, aponta Datafolha

01/11/2025 18:25 O Globo - Rio/Política RJ

A aprovação à gestão do atual governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PL), chegou ao seu maior patamar após a megaoperação desta semana nos complexos da Penha e do Alemão. Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada neste sábado, 40% da população da região metropolitana do Rio considera o governo "ótimo ou bom".
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Por outro lado, o índice de desaprovação do governo também chegou ao patamar mais alto ao longo do mandato de Castro, atingindo 34% de avaliações entre "ruim e péssimo". A pesquisa do instituto foi realizada por telefone com 626 pessoas acima de 16 anos, nos dias 30 e 31 de outubro, na capital e na região metropolitana do Rio e tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, resultando em um nível de confiança de 95%.
Histórico de avaliação do governo Cláudio Castro entre pesquisas feitas de 7 de abril de 2022 até a mais recente, feita após megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão
Reprodução
Ainda segundo o levantamento, a aprovação da gestão Castro é maior entre a população masculina (49%) do que a feminina (32%), também sendo maior entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL) na última eleição presidencial, em 2022, (67%) do que entre os que escolheram Lula naquele pleito (17%).
Números
Três dias depois da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, 109 dos 117 suspeitos mortos foram identificados após trabalho de uma força-tarefa de peritos montada no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro. Em entrevista concedida no fim da manhã de ontem, o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, detalhou a lista tendo como base os 99 nomes conhecidos até aquele momento — número tratado como oficial pela corporação até a noite de ontem.
De acordo com Curi, 78 dos mortos tinham ficha criminal por crimes graves como homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa e roubos. Desses, 42 têm mandados de prisão em aberto. A quantidade de criminosos oriundos de outros estados impressiona: seriam pelo menos 54 forasteiros. Alguns deles foram apontados pela polícia como chefes da facção Comando Vermelho em seus territórios de origem.
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Segundo o que foi divulgado pelo secretário, havia 13 criminosos do Pará, sete do Amazonas, seis da Bahia, quatro de Goiás, quatro do Ceará, três do Espírito Santo, um do Mato Grosso e um da Paraíba.
— Alguns exemplos muito sensíveis que eu vou trazer para vocês aqui. Do Espírito Santo, Russo, chefe do tráfico em Vitória. Do Amazonas, Chico Rato e Gringo, chefes do tráfico em Manaus. Da Bahia, Mazola, chefe do tráfico de Feira de Santana. De Goiás, Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico naquele estado — disse Felipe Curi.
O secretário destacou ainda que a região alvo da megaoperação ganhou, nos últimos anos, importância nacional para a facção:
— Os complexos da Penha e do Alemão, até aquela ocupação de 2010, eram o QG (quartel-general) do Comando Vermelho apenas aqui no Rio. Essa constatação de hoje mostra que esses locais passaram a ser o QG do Comando Vermelho em nível nacional. São desses complexos que partem todas as ordens, decisões e diretrizes da facção para os outros estados.

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