Boas práticas e iniciativas nos destinos turísticos por lixo zero
Boas práticas de lixo zero! Quando cada pessoa ou empresa faz a sua parte, o individual se soma ao coletivo de ações pela redução da poluição e da crise climática por mais segurança alimentar e melhora na saúde humana. Em Jardim, um dos principais destinos sul-mato-grossenses de ecoturismo, distante apenas 68 km de Bonito, os atrativos Lagoa Misteriosa e Recanto Rio da Prata acabam de conquistar a certificação Lixo Zero, concedida pelo Instituto Lixo Zero Brasil, referência nacional na mobilização de pessoas, empresas e governos na transformação da forma como produzimos, consumimos e descartamos. “Nosso compromisso com a sustentabilidade acaba de alcançar mais um marco: o Recanto Ecológico Rio da Prata e a Lagoa Misteriosa, dois passeios de ecoturismo no município de Jardim, conquistaram a Certificação Lixo Zero, concedida pelo Instituto Lixo Zero Brasil com 97,3% de gestão responsável dos resíduos”, diz nota divulgada pelo Grupo Rio da Prata. O reconhecimento tem classificação nota “A” pela adoção de boas práticas sustentáveis de produtos descartáveis que seriam enviados para aterros sanitários. Ainda de acordo com a nota, o processo foi conduzido pela Ciclo Azul Meio Ambiente e Sustentabilidade, empresa especializada em soluções ambientais, que acompanhou todas as etapas de diagnóstico, planejamento e implementação de melhorias. “O objetivo era claro: garantir que praticamente todos os resíduos gerados nos atrativos tivessem destinação ambientalmente correta, reforçando o nosso propósito de operar com impacto positivo sobre o meio ambiente”, ressalta. “Desde a nossa fundação em 1995, sempre fizemos a separação de resíduos para reciclagem. Mesmo quando não havia onde entregar, continuamos e aprimoramos cada etapa ao longo dos anos. A certificação demonstra nosso compromisso diário com a compostagem, a reciclagem, o reuso e a escolha criteriosa de matérias-primas. Trabalhamos assim em prol da natureza, que tanto nos fornece”, destaca Luiza Coelho, diretora de Sustentabilidade do Grupo Rio da Prata. Segundo Raquel Kmite, da Ciclo Azul, o processo foi dividido em duas fases principais: uma voltada para o diagnóstico e análise da geração de resíduos, e outra dedicada à reestruturação dos fluxos internos e aprimoramento das práticas de descarte. “Foi um trabalho técnico e personalizado. Um dos maiores desafios foi ajustar a sinalização e os pontos de coleta para garantir que colaboradores e visitantes tivessem acesso fácil à informação e pudessem descartar corretamente cada tipo de resíduo”, explica. Outro ponto de destaque foi a logística de transporte, já que os atrativos estão localizados na zona rural do município de Jardim, a cerca de 40 km do centro da cidade. “Planejar o escoamento de materiais recicláveis e rejeitos exigiu organização e controle rigoroso. Mesmo com esses desafios, o resultado superou as expectativas”, disse Raquel. Entre as práticas mais inovadoras implementadas nos passeios Lagoa Misteriosa e Recanto Rio da Prata estão a eliminação de plásticos de uso único, como copos descartáveis e sachês, e a compostagem do papel higiênico, uma ação pioneira e rara em destinos turísticos, que contribuiu significativamente para a redução de rejeitos. Além disso, houve melhorias nas rotas internas de coleta, na logística reversa do vidro e na padronização da destinação dos resíduos orgânicos, que hoje são 100% encaminhados para compostagem.
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