Após câncer de mama, médica de 88 anos participa de evento de canoagem na Urca e destaca benefícios da prática: 'Verdadeira meditação'
O sol brilhava forte na Praia da Urca neste sábado, dia em que aconteceu o evento Remada Rosa, em que praticantes de canoagem, stand-up e caiaque participaram da campanha Outubro Rosa, na luta contra o câncer de mama. A ação acontece desde 2017 e, além de conscientizar para a prevenção da doença, também apoia mulheres que já tiveram o câncer, incluindo algumas que fizeram até a mastectomia (quando se retira o seio devido ao avanço da doença). Uma das participantes foi a médica Lígia Câmara, de 88 anos.
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— Faz 13 anos que eu fiz a minha mastectomia e retirei a mama toda. Eu já remava antes e a minha grande preocupação era não poder continuar. Tive muita alegria no pós-operatório quando me disseram que eu poderia voltar a remar. Eu me incentivei mais ainda — conta Lígia.
Em um dia de céu azul e temperatura agradável, Lígia falou do prazer de praticar o esporte:
— Remar é uma verdadeira meditação. Você está em contato com a natureza, todo mundo caladinho, só remando. É uma tranquilidade inexplicável. Também adoro a juventude e o contato com os jovens saudáveis e alegres — afirma a médica de 88 anos.
O evento Remada Rosa, na Urca
Divulgação
Ela ainda destacou os benefícios da atividade para mulheres que passaram pela mastectomia:
— Com o movimento repetitivo e a maneira que se rema, você consegue ajudar o sistema linfático, reduzir edemas e melhorar a qualidade de vida das mastectomizadas — afirma Lígia, que alerta para a importância da prevenção do câncer: — É essencial que mulheres acima de 50 anos façam mamografia regularmente, de 2 em 2 anos. É ainda mais importante para quem tem casos de câncer de mama e ovário na família. E não se baseiem apenas na palpação. Meu tumor era pequeno, de 2 mm, e não se palpava.
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Além da remada coletiva, o evento contou também com bate-papo com mulheres que já tiveram câncer de mama, sorteios e homenagens, incluindo um apitaço em memória de Fernanda Figura, remadora que faleceu de câncer de mama. Quem fez os apitos foi Isac de Oliveira, paratleta de 30 anos.
— Tenho impressora 3D e fiz 150 apitos para ajudar na campanha e fazer parte do movimento. É funcional para ser usado no colete como item de segurança — diz ele.
Isac de Oliveira, paratleta de 30 anos, fez apitos que foram distribuídos no evento Remada Rosa
Divulgação
O evento reuniu cerca de 150 pessoas, que, no final, deram um abraço coletivo. Alessandra Mapelli Lincoln, vice-presidente do Rio Va'a Clube, que organizou ação, comentou a importância:
— A gente está na nossa quinta edição. É importante que todo mundo faça o autoexame. O câncer pode ser vencido se for descoberto em um tempo hábil — enfatiza ela.
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