Universidade americana aceita pagar US$ 60 milhões para encerrar disputa com Trump; entenda
A Universidade Cornell concordou em pagar US$ 60 milhões (cerca de R$ 319 milhões) para encerrar uma disputa com o governo Trump, o que permitirá a restauração de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) em financiamento federal para a instituição da Ivy League. Cornell foi uma das várias universidades de elite visadas pelo presidente Donald Trump após seu retorno à Casa Branca, que as acusou de serem bastiões de viés liberal e de abrigarem antissemitas.
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Como resultado da repressão de Trump, Cornell disse que teve que suspender professores, cancelar bolsas de pesquisa e congelar fundos, incorrendo em um custo de US$ 250 milhões. O governo Trump iniciou investigações contra Cornell e dezenas de outras universidades, alegando que elas permitiram que estudantes judeus e israelenses fossem discriminados durante protestos no campus contra a guerra de Israel em Gaza.
Pelo acordo, Cornell investirá US$ 30 milhões (cerca de R$ 160 milhões) ao longo de três anos em pesquisas para fortalecer a agricultura americana e pagará outros US$ 30 milhões diretamente ao governo durante o mesmo período. Em troca, a investigação contra a universidade foi arquivada.
"O acordo afirma explicitamente que (...) não constitui uma admissão de culpa", declarou a universidade em comunicado.
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O presidente da Cornell, Michael Kotlikoff, saudou o acordo, que, segundo ele, "reconhece o compromisso do governo em fazer cumprir as leis antidiscriminação existentes, ao mesmo tempo que protege nossa liberdade acadêmica e independência institucional".
"Essas discussões resultaram em uma solução que nos permitirá retomar nossas atividades de ensino e pesquisa em parceria com agências federais", acrescentou.
Trump havia inicialmente tentado controlar as admissões e as decisões de contratação das universidades em questão, mas a Cornell enfatizou que o acordo permite que ela o faça de forma autônoma, com base "no mérito".
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