
Trump ameaça controlar as exportações de peças da Boeing em resposta à China
Os Estados Unidos poderão impor controles de exportação de peças de avião da Boeing como parte da resposta de Washington aos limites de exportação chineses de minerais de terras raras, disse o presidente Donald Trump na noite desta sexta-feira no Salão Oval da Casa Branca.
"Temos muitas coisas, incluindo uma grande coisa que é o avião. Eles (a China) têm muitos aviões Boeing e precisam de peças e muitas coisas desse tipo", disse Trump a repórteres na Casa Branca, quando perguntado sobre quais itens os EUA poderiam impor controles de exportação.
Em agosto, a Bloomberg noticiou que a fabricante de aviões estva em negociações para vender até 500 jatos para a China. Seria o primeiro grande pedido chinês da fabricante americana desde o primeiro mandato de Trump.
As companhias aéreas chinesas têm pedidos de pelo menos 222 jatos da Boeing, de acordo com a Cirium, uma empresa de análise de aviação.
O país tem 1.855 aviões Boeing em serviço. A grande maioria dos aviões encomendados e em serviço é o popular jato de corredor único 737 da Boeing.
Ao fazer o anúncio da imposição de tarifas em sua rede Truth Social, Trump também colocou em dúvida a realização de uma cúpula que tinha prevista com Xi em duas semanas, na Coreia do Sul - o primeiro encontro entre ambos os líderes desde o retorno do republicano à Casa Branca, em janeiro.
"Eu tinha planejado me reunir com o presidente Xi em duas semanas, na Apec, na Coreia do Sul, mas agora parece que não há motivos para isso", explicou.
No entanto, mais tarde, ao falar com jornalistas o presidente disse que não havia cancelado a reunião.
"Não sei se ela vai acontecer. De qualquer forma, estarei lá, então suponho que sim, que ela acontecerá", afirmou.
Na semana passada, Trump havia destacado a importância de se reunir com Xi na cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e anunciou que visitaria a China em 2026.
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