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Tempo seco em Campo Grande é marcado por ventos atípicos para outubro

24/10/2025 19:37 Campo Grande News - Política

Rajadas de vento fortes durante a madrugada e o início da manhã, mesmo em dias secos, mudaram o que se espera para o clima em outubro em Campo Grande nesta semana. Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) e o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), desde segunda-feira (20), o registro de ventania foi constante, o que foge ao padrão típico da primavera, quando o vento costuma aparecer apenas junto com as chuvas. Os dados do Inmet mostram que, neste mês de outubro, as rajadas mais fortes ocorreram justamente em dias sem chuva, com velocidades entre 46,8 km/h e 57,6 km/h. Pela escala Beaufort, esses valores indicam ventos que variam de “frescos” a “fortes”.  O pico da ventania tem ocorrido de madrugada, por volta das 3 horas. Na segunda-feira (20), por exemplo, as rajadas chegaram a 50 km/h às 8 horas e se mantiveram intensas até o meio-dia. Nos dias com chuva, os ventos mais expressivos foram registrados em 1º, 2 e 13 de outubro, com intensidades entre 39,6 km/h e 63,7 km/h, também classificados entre “fresco” e “ventania” pela mesma escala. O Cemtec destaca que esses ventos mais fortes, comuns nesta época do ano, quando ocorrem tempestades, também se espalharam pelo interior do Estado. Um exemplo foi o temporal do dia 16 de outubro, quando rajadas de até 101,5 km/h deixaram cinco municípios de Mato Grosso do Sul sem energia: Maracaju, Caarapó, Dourados, Juti e o distrito de Posto Ovídio. A ventania causou estragos principalmente em Caarapó e Maracaju. Ao Campo Grande News, o meteorologista Vinicius Banda Sperling, do Cemtec, explicou que o responsável por esse aumento de ventos, mesmo sem chuva, é um anticiclone, sistema de alta pressão atmosférica localizado no quadrante leste do país, vindo do oceano. “Esses ventos, muito intensos para a época do ano, vêm ocorrendo nos últimos quatro dias em praticamente todo o Estado. Eles surgiram por causa de um anticiclone que está no quadrante leste do país, vindo do oceano, onde atua um sistema de alta pressão muito intenso”, detalhou Sperling. Além de deixar o ar mais seco, o fenômeno favorece o acúmulo de poeira. “Com pouca chuva e muito vento, o solo seco se transforma em poeira, que acaba sendo arrastada com facilidade”, explicou o meteorologista. Dados do Cemtec mostram que, no dia 12 de outubro, Naviraí registrou rajadas de 107 km/h, e no dia 16, Caarapó também teve ventos acima dos 100 km/h. Dourados, Laguna Carapã, Corumbá e Itaporã registraram rajadas entre 60 e 70 km/h no mesmo período. Para o fim de semana, a previsão é de mudança no tempo com a chegada de uma frente fria, que deve trazer chuva e aliviar as temperaturas elevadas em várias regiões de Mato Grosso do Sul.

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