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STF julga retomada de sistema de controle da produção de bebidas

17/10/2025 12:09 Imirante - Política

<p>BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta sexta-feira (17) o julgamento sobre a retomada do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), sistema criado para o controle da produção de bebidas no Brasil. O sistema monitora a fabricação de cervejas, refrigerantes e águas engarrafadas, com o objetivo de coibir fraudes fiscais e assegurar o recolhimento correto dos impostos.</p><p>O julgamento da retomada do Sicobe acontece em um momento crítico, devido aos recentes episódios de contaminação por metanol em bebidas no país. A reimplantação do sistema pode aumentar o controle sobre a origem das bebidas e reforçar a segurança do consumidor.</p><h2>O que é o Sicobe e qual sua função no controle da produção de bebidas</h2><p>Criado em 2008, o Sicobe registra em tempo real o volume, a marca e o tipo das bebidas produzidas no país. Segundo a Receita Federal, o sistema não avalia a qualidade da bebida, mas é fundamental para rastrear a produção e evitar prejuízos fiscais.</p><h2>Controvérsias sobre a desativação e a retomada do Sicobe</h2><p>O Sicobe foi desativado em 2016 pela Receita Federal, que alegou custos elevados e problemas técnicos.</p><p>Em 2020, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a retomada do Sicobe, apontando que a desativação extrapolou os limites legais.</p><p>O governo argumenta que a retomada do Sicobe acarretaria um custo anual de R$ 1,8 bilhão, superior ao gasto total com outros sistemas da Receita Federal.</p><p>A reativação também traria um benefício fiscal às indústrias, que poderiam obter créditos de PIS/Cofins equivalentes aos custos do sistema, algo não previsto no Orçamento.</p><h2>A decisão atual e os impactos da retomada do Sicobe</h2><p>Desde abril de 2025, o restabelecimento do Sicobe está suspenso por decisão do ministro Cristiano Zanin, relator do caso no STF. Ele ressaltou que a retomada poderia implicar concessão de incentivo tributário sem previsão orçamentária e destacou possíveis inconsistências técnicas que comprometeriam a fiscalização e a arrecadação de impostos.</p>

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