
SP e Região Metropolitana têm problema de abastecimento de água após apagão na madrugada
O apagão que causou interrupção no fornecimento de energia elétrica em diferentes estados do Brasil, na madrugada desta terça-feira, afetou também o abastecimento de água em algumas regiões de São Paulo. A falta de energia , que durou cerca de uma hora, impactou a operação da estação elevatória Santa Inês, que bombeia água do sistema Cantareira para a estação de tratamento. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a interrupção foi provocada por um incêndio em uma subestação de energia no Paraná.
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Em São Paulo, a Enel informou que a interrupção de energia só durou 8 minutos, sendo recuperada às 0h40 para os cerca de 1 milhão de clientes afetados. A concessionária informou que a eletricidade na área já foi restabelecida. Contudo, a normalização do suprimento de água segue em andamento. Moradores de áreas afetadas chegaram a receber um aviso por mensagem de texto informando que a normalização está prevista para a noite desta terça-feira.
A Sabesp informa que o abastecimento de água em parte da zona norte da capital paulista e nos bairros Cangaíba, Jardim Popular, Mooca, Brás, Cursino, Vila Alpina, Jabaquara, Vila Romana e nos municípios de Francisco Morato, Franco da Rocha, Cajamar, Caieiras e Guarulhos foi afetado nesta terça-feira (14), devido ao apagão registrado no país nesta madrugada.
Segundo a Sabesp, na capital paulista, a distribuição de água está prejudicada em parte da região norte, bem como nas seguintes localidades: Cangaíba, Jardim Popular, Mooca, Brás, Cursino, Vila Alpina, Jabaquara e Vila Romana. Além da capital, as cidades de Francisco Morato, Franco da Rocha, Cajamar, Caieiras e Guarulhos também foram impactadas.
Já na tarde de hoje, a Sabesp informou que o fornecimento de água deverá ser plenamente reestabelecido até a manhã desta quarta-feira. A empresa recomenda que, nas áreas atingidas, o consumo de água ocorra de maneira "consciente".
Apagão afetou praticamente todo o país
Em nota, o Ministério de Minas e Energia afirmou que a interrupção no fornecimento de luz começou às 00h32m. Naquele momento, ocorreu o desligamento de 10.000 MW de cargas, após início de incêndio em um reator na Subestação de Bateias (Paraná).
"O retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira controlada, logo nos primeiros minutos, sendo que até 1h30m todas as cargas das Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região sul foram recompostas totalmente por volta de 2h30m", disse o MME na nota.
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o problema foi de infraestrutura e não de falta de energia.
— Não é falta de energia, é um problema na infraestrutura que transmite a energia. Aconteceu um problema elétrico em uma subestação de grande porte no Paraná. Isso funciona de forma praticamente automatizada pelo Operador Nacional de Sistema, para que não haja uma interrupção de maior porte no Brasil — afirmou Silveira.
Concessionárias responsáveis pela distribuição de energia em regiões dos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins confirmaram que seus serviços foram afetados pelo apagão.
No Rio de Janeiro, a Light comunicou que cerca de 450 mil clientes foram afetados pela falha. Segundo a empresa, a interrupção ocorreu devido a um problema no SIN que acionou o Esquema Regional de Alívio de Carga, um mecanismo automático para evitar sobrecargas no sistema. As operações retornaram.
As regiões mais afetadas foram a Zona Norte, Zona Oeste e a Baixada Fluminense, onde o fornecimento foi restabelecido às 1h05. Usuários publicaram sobre a falha nas redes sociais, em um vídeo é possível ver o Aeroporto Santos Dumont ficar completamente às escuras.
Em Pernambuco, segundo a concesionaria Neoenergia Pernambuco, a energia foi restabelecida 1h10, impactando 19 subestações e interrompendo o fornecimento de energia para cerca de 600 mil clientes, de 60 municípios do Agreste e Litoral.
Na Bahia, segundo a Neoenergia Coelba, 16% dos clientes foram afetados em diferentes regiões do estado. Em cerca de 40 minutos, segundo a distirbuidora, 99% dos clientes já estavam com o fornecimento normalizado. Às 2h11, os demais consumidores foram restabelecidos, após autorização do ONS.
A Enel Ceará informou que quase 1 milhão de clientes foram afetados, de 38 subestações do interior do estado, e o serviço foi totalmente normalizado em 33 minutos.
No Amazonas, a Amazonas Energia confirmou que a queda de energia atingiu as cidades de Manaus, Parintins e Itacoatiara. O apagão teve duração de cerca de uma hora.
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