 
        Saiba quem são os 69 acusados de integrar o Comando Vermelho que foram denunciados pelo Ministério Público do Rio
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) apresentou uma denúncia contra 69 acusados de associação para o tráfico, e três deles também por tortura. Entre os nomes estão alguns da linha de comando da região, entre eles, Edgar Alves de Andrade, o Doca, o principal alvo da megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, na terça-feira.
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A ação teve um planejamento de 60 dias e contou com um "muro" feito pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) na área de mata das favelas, que era usada com rota de fuga dos criminosos. Com 113 presos, 121 mortos e 118 armas apreendidas, a operação é a mais letal da história do estado. 
Edgar Alves de Andrade, vulgo Doca ou Urso
Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, é considerado foragido da Justiça
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Edgar Alves de Andrade, o Doca, é o principal alvo da operação, apontado como a liderança máxima do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em comunidades da Zona Oeste. Segundo a denúncia, Doca exerce comando direto sobre as operações criminosas, determina a logística de abastecimento, define escalas de traficantes nos pontos de venda de drogas e autoriza execuções de rivais ou de membros da própria facção considerados “desleais”. 
Natural de Caiçara, na Paraíba, ele é investigado por mais de cem homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Em 2023, foi apontado como mandante da morte de três médicos e da tentativa de assassinato de um quarto, confundidos com milicianos rivais na Barra da Tijuca.
Doca foi um dos alvos da Operação Buzz Bomb, deflagrada em setembro de 2024 pela Polícia Federal para combater o uso de drones lançadores de granadas por integrantes do Comando Vermelho. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, ele tem mais de 20 mandados de prisão expedidos pelo TJRJ. Na ocasião, teve a prisão preventiva decretada e foi denunciado por organização criminosa e posse de material explosivo, crimes que podem resultar em até 14 anos de prisão.
Pedro Paulo Guedes, vulgo Pedro Bala
Pedro Paulo Guedes, vulgo Pedro Bala
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Apontado como integrante do primeiro escalão do Comando Vermelho, junto à Doca, Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala, atua no comando do tráfico de drogas em parte do Morro do Alemão e na Vila Cruzeiro, segundo o Portal dos Procurados.
Na manhã de terça-feira, durante a megaoperação das polícias Civil e Militar, os agentes encontraram um grafite que chamava atenção: a imagem de um urso gigante vestindo colete à prova de balas e empunhando um fuzil. O desenho faz referência à “Tropa do Urso”, grupo responsável por diversos crimes e chefiado por Pedro Bala.
Natural do Rio de Janeiro, Pedro Bala tem mandados de prisão em aberto por dois homicídios qualificados. 
Carlos da Costa Neves, vulgo Gadernal
Carlos da Costa Neves, vulgo Gardenal
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Mais conhecido como Gadernal, Carlos da Costa Neves é apontado como um dos homens de maior confiança de Doca. Ele, que é carioca, e outros criminosos atuavam como gerentes gerais do Complexo da Penha e possuiam grupos no Whatsapp para facilitar a comunicação dos integrantes da facção criminosa no local, além de coordenar células armadas para ampliar a influência do CV em comunidades da Zona Oeste do Rio.
Em uma das conversas, disponibilizada na denúncia do MPERJ, Gadernal pede que Washington Cesar Braga da Silva, vulgo Síndico ou Grandão, compre rádios transmissores para que eles coloquem os dispositivos "no esquema".
Washington Cesar Braga da Silva, vulgo Síndico ou Síndico da Penha ou Grandão
Washington Cesar Braga da Silva, vulgo Síndico ou Síndico da Penha ou Grandão
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Washington Cesar Braga da Silva, conhecido como Síndico, Síndico da Penha ou Grandão, é um dos homens de maior confiança de Doca, ao lado de Gadernal, e atua também como gerente geral do Complexo da Penha. Junto aos demais criminosos, ele emitia ordens em grupos de WhatsApp sobre a venda de drogas, definia escalas de plantão nos pontos de tráfico e coordenava células armadas para expandir a influência do Comando Vermelho em comunidades da Zona Oeste do Rio.
Em mensagens dos grupos, divulgadas pela denúncia, Síndico, natural do Rio, encaminhava listas com as escalas de plantão dos integrantes, dividos em postos, que inclui a segurança pessoal de Doca. 
Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, vulgo BW ou BMW
Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, vulgo BW ou BMW
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Natural de Belo Horizonte, em Minas Gerais, Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BW ou BMW, é tido como homem de confiança de Doca e atua em alta posição hierárquica dentro do Comando Vermelho. Atuando na área operacional, é gerente do tráfico de drogas na Gardênia Azul e chefe do grupo "Sombra, integrado por matadores a serviço do Comando Vermelho que atuam na expa
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