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'Roubo-relâmpago' no Louvre reacende debate sobre segurança e traz à tona episódios recentes de assaltos a museus

20/10/2025 13:37 O Globo - Rio/Política RJ

O roubo de uma coleção de joias históricas no Museu do Louvre, em Paris, no último domingo (19), durou apenas sete minutos. Nesta segunda-feira (20), o local permanecerá fechado durante todo o dia em razão do assalto, como informou a instituição nesta semana. O episódio vem reacendendo um debate sobre a necessidade de reforço na segurança de museus em toda a Europa, trazendo à tona situações parecidas que ocorreram recentemente no continente.
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Segundo informações divulgadas à imprensa, os ladrões chegaram por volta das 9h45 no Louvre, por meio de motocicletas, acessando uma área em obras às margem do Rio Sena. Usando uma plataforma elevatória, os criminosos subiram até o primeiro andar do museu e quebraram as janelas.
As autoridades francesas encontraram nas proximidades do museu a coroa quebrada da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, uma das peças furtadas, de acordo com o jornal "Le Parisien". Foram levadas oito peças da histórica Galeria de Apolo, entre as quais joias e pedras preciosas avaliadas em milhões de euros. A seguir, relembre outros roubos a museus na Europa.
Roubo da Mona Lisa
Mona Lisa
Reprodução
A Mona Lisa deve parte de sua fama moderna justamente a um roubo: em 1911, o funcionário italiano Vincenzo Peruggia se escondeu no museu e levou a obra, mantendo-a em seu apartamento por dois anos. O pintor Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire chegaram a ser considerados suspeitos pela polícia e o evento midiático transformou o quadro de Leonardo da Vinci consolidou a aura de mistério que ainda o cerca.
Para muitos estudiosos, como o historiador da arte americano Noah Charney, autor do livro "Os roubos da Mona Lisa", este foi o primeiro roubo de arte a receber a atenção da imprensa internacional.
Escândalo do Museu Britânico
Fachada do Museu Britânico
DANIEL LEAL-OLIVAS (AFP)
Há dois anos, o mundo da arte foi abalado por um dos roubos mais inusitados já registrados, em caso conhecido como o "escândalo do Museu Britânico", em Londres. Um dos curadores da seção de arte grega antiga, Peter Higgs, arqueólogo de 56 anos, foi acusado de ter furtado diversas peças datadas entre os séculos XV a.C. e XIX d.C. Ele trabalhava no museu desde 1993 e era autor de guias de importantes exposições da instituição.
O grito: desaparecido em 50 segundos
Quadro 'O Grito', a emblemática obra-prima do pintor norueguês Edvard Munch
Reprodução
Foram necessários apenas 50 segundos para que "O grito", de Edvard Munch, fosse arrancado da parede da Galeria Nacional de Oslo, em 12 de fevereiro de 1994 — o mesmo dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
O ladrão, Pal Enger, escalou uma janela, cortou o cabo que sustentava o quadro e fugiu. Chegou a deixar um bilhete: "Obrigado pela falta de segurança". Três meses depois, tentou pedir US$ 1 milhão pelo resgate da obra, mas acabou preso.
A pintura foi recuperada, mas, em 2004, outra versão de "O grito" foi roubada do Museu Munch, junto com "Madonna", do mesmo artista. Ambas foram encontradas dois anos depois, mas "O grito" estava gravemente danificado pela umidade.
O Klimt que nunca deixou o museu
O quadro 'Retrato de uma dama', de Gustav Klimt
Divulgação
Em 22 de fevereiro de 1997, "Retrato de uma dama", de Gustav Klimt, desapareceu da Galeria Ricci Oddi, em Piacenza, na Itália. O quadro parecia ter sumido sem deixar rastros.
Em 2019, jardineiros encontraram a pintura escondida numa sacola de lixo no próprio museu, durante uma obra de manutenção. Avaliada em 60 milhões de euros, a peça foi autenticada — e acredita-se hoje que o roubo tenha sido frustrado e a obra deixada ali.
Francis Bacon: cinco quadros furtados em Madri
Quadro de Francis Bacon recuperado após roubo
Divulgação
Em 2015, cinco quadros de Francis Bacon, avaliados em 30 milhões de euros, foram roubados do apartamento de José Capelo, amigo do pintor, no centro de Madri. Ele estava viajando para Londres no momento do crime.
A polícia prendeu dez pessoas e conseguiu recuperar três obras em 2017. Em janeiro deste ano, um vídeo que circulou em Madri mostrava as duas peças restantes sendo oferecidas no mercado ilegal. O caso segue aberto.
O furto da escultura de Henry Moore
A escultura "Declining figure", de Henry Moore
Divulgação
Em 2005, uma escultura de duas toneladas do artista britânico Henry Moore, "Declining figure", avaliada em 4,5 milhões de euros, foi roubada de sua fundação, próxima a Londres. A polícia suspeita que a peça tenha sido derretida e vendida como sucata — por meros 2 mil euros.
O 'Homem-Aranha' que roubou Modigliani
'A mulher com o leque', de Modigliani
Divulgação
Em 20 de maio de 2010, às 3h30 da madrugada, o ladrão Vjan Tomic escalou a janela do Museu de Arte Moderna de Paris e levou cinco obras — entre elas "A mulher com o leque", de

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