
Produtos de cannabis sem registro são retirados do mercado pela Anvisa
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de produtos à base de cannabis das empresas Hemp Vegan e Cannafy, além de itens com cogumelos da marca De Volta às Raízes. A decisão foi publicada na última sexta-feira (10), na Resolução 3.987/2025, do Diário Oficial da União. A medida foi tomada após fiscalização constatar a ausência de registro e autorização sanitária. Segundo a agência, os produtos da Hemp Vegan foram considerados irregulares e “fabricados por empresa desconhecida”. A proibição vale para todos os lotes de bálsamos, gotas, pastas, adesivos e gomas com compostos derivados da cannabis, como CBD, CBG e CBDA. A empresa não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. A Cannafy Serviços de Internet também foi alvo da fiscalização. A agência determinou a retirada do mercado de produtos das marcas CBDM Gummy, Canna River e Rare Cannabinoid. A Vigilância Sanitária informou que as mercadorias não possuem registro nem autorização de funcionamento no país. Em nota publicada no site oficial, a Cannafy afirmou que não fabrica nem comercializa produtos de cannabis no Brasil. A empresa declarou atuar apenas como intermediária entre pacientes e fornecedores estrangeiros, com base na Resolução RDC nº 660/2022, que regula importações autorizadas pela agência. A terceira empresa citada, De Volta às Raízes, teve suspensa a venda de produtos feitos com cogumelos medicinais, por também não possuir registro, notificação ou autorização para fabricação de medicamentos. Entre os itens proibidos estão os cogumelos Tremella, Reishi, Cordyceps Militaris, Juba de Leão, Chaga, Cauda de Peru e Cogumelo do Sol. Em seu site, a marca informa que utiliza espécies conhecidas na Medicina Tradicional Chinesa e argumenta que seus produtos não se enquadram como medicamentos, por isso estariam dispensados de registro conforme a Resolução nº 240/2018 do Ministério da Saúde. A Anvisa, no entanto, reforça que qualquer produto com alegação terapêutica deve ter registro válido antes de ser comercializado. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .
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